Acreditar em si mesmo

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quarta-feira, 12 de julho de 2017

Os melhores brinquedos para crianças com deficiência.


Os melhores brinquedos para crianças com deficiência


Algumas dicas para escolher brinquedos para crianças com necessidades especiais.

Os jogos e os brinquedos melhoram e estimulam o desenvolvimento físico e cognitivo da criança, por isso deveria ser uma atividade universal para todas as crianças independentemente da sua idade, raça, nacionalidade, condição física e social.

O brinquedo tem um papel de destaque nessa prática, mas pouco se conhece sobre os brinquedos mais indicados para crianças com alguma deficiência, seja visual, auditiva, motora ou intelectual.

"Seja qual for a necessidade especial que a criança apresente, o brinquedo não deve atender suas limitações, mas sim as possibilidades e interesses da criança.

Dever-se-ia reforçar aquilo que ela poderia fazer para assumir desafios”.

Essas são palavras de José Antonio Pastor, presidente da Associação Espanhola de Fabricantes de Brinquedos da Associação Crescer Brincando.

Seus comentários sobre brinquedos para crianças com deficiência são muito esclarecedores para pais e educadores.

A família tem um papel determinante, já que no caso das crianças com deficiência se converta na ponte mediadora entre o brinquedo e a criança.

Além disso, são os pais que potencializam a iniciativa da criança, a anima e respeitam seu ritmo, incentivando o estímulo.

Os pais podem adaptar brinquedos para que seu filho desfrute e tire melhor partido de si mesmo.

Para ajudarmos na sua escolha, preste atenção em algumas orientações que a Associação oferece.

Brinquedos para todas as crianças com ou sem deficiência.

Para as incapacidades motoras.

Seria muito interessante os brinquedos com peças fáceis de encaixar, estruturas grandes, que não obriguem a realizar movimentos muito rápidos.

Devem ser de fácil acesso aos seus recursos, teclas ou funções.

Para as deficiências auditivas.

Às crianças com deficiência auditiva podem ser oferecidos a elas os mesmos brinquedos que damos a qualquer criança: bonecas, jogos de mesa, patins, bicicletas...

Em função do grau de surdez da criança, podemos escolher brinquedos com efeitos sonoros acompanhados de vibrações, luzes, movimentos.

É muito interessante que disponham do controle de volume dos aparelhos auditivos e fones de ouvido para adaptá-los ao nível auditivo da criança.

Para a deficiência visual.

Como nos outros casos, não devemos partir da limitação.

Para as crianças com deficiência visual devemos facilitar os jogos e os brinquedos, incorporando efeitos sonoros às peças, assim como texturas fáceis de identificar o tato.

Os brinquedos de cores bem vivas e contrastes, sem peças muito pequenas ou com velcro, poderiam ser muito estimulantes.

Para a incapacidade intelectual,

As escolhas são muito amplas, dependendo do nível.

Os brinquedos de uso escolar podem ser uma opção atrativa, já que foram pensados para facilitar a aprendizagem.

O mais importante para a criança com alguma deficiência é que favoreça a inclusão e a socialização através das brincadeiras com outras crianças, assim como a compreensão e o enriquecimento mútuo.

É muito complicado criar jogos e brinquedos padrão para crianças com deficiência para ajustá-los às necessidades específicas e concretas de cada criança em particular, mas a Associação de Fabricantes apostam em “brinquedos para todos”, de maneira que quando se idealizem e se fabriquem, levem em conta que qualquer criança possa brincar com eles.

É muito complexo criar brinquedos para cada necessidade concreta, mas sim se deve facilitar, em todos os sentidos, a plena incorporação e desenvolvimento da criança, seja qual for a sua condição.

No Brasil

A Fundação ABRINQ (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos) já beneficiou mais de cinco milhões de crianças e tem como foco ações que buscam oferecer a crianças e adolescentes, com alguma deficiência ou não, a terem acesso à educação, cultura, saúde, lazer, formação profissional e inclusão digital.

A Fundação é mantida por pessoas, empresas e organizações nacionais e internacionais.

Em Petrópolis, em outubro de 2013, no Parque Municipal em Itaipava foram inaugurados brinquedos - um carrossel e um balanço - para crianças com necessidades especiais, visando proporcionar a inclusão e melhor qualidade de vida para as pessoas com múltiplas deficiências.

No mesmo mês, no Parque da Jaqueira, zona norte do Recife, foi inaugurado novo espaço com brinquedos inclusivos, especiais para as crianças com dificuldade de locomoção.

Os brinquedos devem ser apropriados à idade mental.

Crianças com necessidades especiais podem ser desencorajadas ou se frustrarem se o brinquedo não for apropriado à sua realidade.

Com o crescimento mental, os brinquedos devem ser substituídos e devem sempre oferecer estímulos.

Os brinquedos comuns podem ser utilizados por crianças com deficiências, mas deverão apresentar as seguintes características:

serem inquebráveis

não exibir extremidades aguçadas

terem cores vivas

apresentarem partes móveis

serem agradáveis ao toque

apresentarem diferentes texturas

se possível, emitir sons







Brinquedo Comum, brincadeira adaptada



Crianças portadoras de deficiências podem brincar, a princípio, com quase qualquer brinquedo comum.

Entretanto, a escolha de objetos com algumas características específicas, adaptações ou intervenções do adulto na brincadeira podem propiciar uma experiência lúdica mais proveitosa.

O brinquedo da criança com deficiência física não precisa ser diferente daquele que o irmão, o primo ou o vizinho tem”, diz Lina Silva Borges Santos, coordenadora da terapia ocupacional infantil da AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente). “Isso ajuda na auto-estima, porque a criança identifica os seus brinquedos com aqueles que estão em outros lugares.”

Os brinquedos não são especiais, mas a seleção deles é”, diz a pedagoga Nylse Cunha, que trabalha com educação de portadores de necessidades especiais.

O brinquedo deve ser compatível com as possibilidades da criança.

A seleção deve ser cuidadosa, para não provocar frustração.”

Portanto, é fundamental conhecer a deficiência que a criança porta.

Devem-se considerar, mais que a idade, suas capacidades motoras, cognitivas e sensoriais e seus interesses”, diz a terapeuta ocupacional Carla Cilene Baptista da Silva, doutora em psicologia pela USP.

Desenvolvedores de brinquedos para deficientes procuram integrar todas as crianças na brincadeira. A professora Marta Dischinger, da faculdade de arquitetura da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), aplica isso em uma disciplina optativa que ministra.

Nela, projetam-se brinquedos para deficientes, para reabilitação ou inclusão.

Nós entramos em contato com as crianças e os terapeutas e, a partir disso, desenvolvemos os produtos”, conta.

Para eles, os brinquedos são projetados para várias deficiências e também para não-deficientes.

O jogo da memória em alto relevo, por exemplo, foi desenhado para que crianças com deficiência visual possam jogar com crianças com visão normal.

Cada um joga de acordo com o que pode”, diz Dischinger.

Segundo Silva, crianças com deficiência mental moderada pode brincar com jogos de tabuleiro ou de regras.

Entretanto, elas podem precisar de mais tempo para compreender as regras ou de que se facilitem as regras originais.”

O ambiente em que a criança brinca também oferece atenção especial.

Para deficientes mentais, o lugar deve ser tranqüilo, sem estímulos exagerados”, aconselha Fátima Amatucci, coordenadora da área de educação da Apae-SP (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Paulo).

Já para deficientes físicos, o foco é a capacidade de manipulação dos objetos.

Pode ser necessário adequar espaço físico e posicionamento da criança, bem como os próprios brinquedos.

Algumas crianças têm dificuldade de segurar objetos.

Para elas, “é melhor dar brinquedos grandes, sem peças pequenas”, diz Silva.

Para crianças cegas, os brinquedos devem estimular outros sentidos, que não sejam a visão: tato, olfato, audição, paladar. “80% de tudo o que uma criança aprende é através da visão.

A criança cega não tem isso.

Então é preciso dar acesso maior ao número de objetos do ambiente, principalmente os que ela não sabe para que servem”, diz Mara Siaulys, presidente da Laramara (Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual).

A partir de sua experiência com crianças cegas, Mara criou 109 brinquedos, sendo que uma parte são adaptações de brinquedos já existentes e outra são produtos especificamente para cegos (em braille).

O restante é para todas as crianças.

Os brinquedos servem para todas as crianças, pois socialização e inclusão são nossos primeiros objetivos.”


Fonte: Folha de São Paulo



Momentos mágicos.


A história é narrada por Ed Landry, recordando cenas dos seus quatorze anos de idade.

Na época, seu pai trabalhava das oito da noite às quatro da manhã.

E foi no período de férias do garoto que tudo aconteceu.

Ele se oferecera para preparar o café da manhã para o pai, depois do trabalho.

O pai acabava seu turno e, em plena madrugada, telefonava para casa.

O garoto pulava da cama.

As irmãs e a mãe se mexiam na cama e dormiam.

Sabiam que não era para elas a ligação.

Quando ele atendia, ouvia a voz animada do pai dizendo que concluíra seu trabalho e, em vinte minutos, estaria em casa.

O café estará pronto.

Respondia o menino.

O prato predileto do pai àquela hora da manhã era ovos com bacon.

A velha frigideira de ferro saía rápido do armário e ficava à espera.

O garoto preparava o café, as torradas e ficava olhando a rua pela tela da varanda dos fundos.

Ele podia ver quatro quarteirões de distância.

O dia desejava raiar mas as estrelas ainda brilhavam.

Quando o pai atingia o poste de iluminação, ele colocava o bacon na frigideira.

Era o momento ideal.

Quando o pai lançava seu sonoro Bom dia, entrando pela cozinha, o bacon estava no ponto.

Enquanto ele lavava o rosto e as mãos, os ovos eram preparados.

Ele se sentava à mesa e dizia:

É formidável você preparar meu café da manhã.

Eu me sinto realmente agradecido.

Não é trabalho nenhum. - Falava Ed.

O difícil é só levantar.

Depois tudo é fácil.

Enquanto comia, o pai contava como fora seu trabalho.

Mecânico de locomotivas, ele tinha um carinho especial por cada uma delas.

Estranhamente para o filho, o pai, que deveria demonstrar cansaço após exaustivas horas de trabalho, contava suas histórias com entusiasmo.

Quando um bocejo denunciava que o sono chamava o menino de volta para os seus sonhos inacabados, o pai falava:

Eddy, está ficando tarde.

Você deve voltar para a cama para não ficar cansado amanhã, quer dizer, hoje, logo mais.

Eu vou ler o jornal e relaxar um pouco.

Agradecia o café e se olhavam profundamente nos olhos.

Eddy recorda que aquelas madrugadas eram os momentos mágicos que eles passavam juntos, de uma forma muito especial.

Uma troca de carinho muito significativa entre um pai que deveria estar cansado e um filho adolescente com as pálpebras pesadas de sono.


A vida nos surpreende todos os dias com momentos especiais. Momentos que, em verdade, não se repetem.

Quem poderá esquecer o abraço espontâneo do pequerrucho que pula no pescoço, se pendura e fala:

Eu te amo?

Quem não se recordará por todos os anos da sua vida do beijo melado, cheio de chocolate, da pequenina sorridente?

Quando a velhice nos alcançar, com certeza ainda teremos na acústica da alma os sons das primeiras canções infantis dos nossos pequenos.

Cada momento vivido com os filhos, com a família, é de extraordinária riqueza.

Ao longo da nossa vida, quando a solidão nos abraçar, teremos as lembranças doces e ternas para nos fazerem companhia.


Fonte: - Momento Espírita, com base no artigo Bom dia, papai!, de Seleções Reader’s Digest, de janeiro de 2000. Em 12.7.2017.











2 comentários:

  1. Na minha visão sobre a deficiência para que haja uma inclusão concreta e real destes deveria começar primeiramente pelo acesso a todos os locais e seguimento como: educação, transporte, lazer, saúde, trabalho e outros; criação de brinquedos para crianças deficientes que á represente, parques com aparelhos que facilitem com que essas também possam brincar, adaptação de brincadeira tradicionais e outras; sim aí ela estaria se sentindo como membro integrante da sociedade em que convive e faz parte.

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  2. Concordo com você; as industrias de brinquedos deveriam criar e fabricar brinquedos que representem as crianças deficientes para que estas se sintam representadas e inclusas com as outras crianças, por assim se verem representadas nos brinquedos; nos parques também deveriam ter brinquedos adaptados para elas onde pudessem brincar de igual para igual com as outras crianças; assim estariam incluindo elas na sociedade ao lhes darem acesso a brinquedos.

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