Acreditar em si mesmo

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segunda-feira, 24 de julho de 2017

Os obstáculos enfrentados pelos portadores de deficiência física.


Os obstáculos enfrentados pelo portadores de deficiência física




Calçadas em péssimas condições, falta de guias rebaixadas, inadequação de lojas e restaurantes, transporte deficiente, ensino profissional precário, preconceito, diversas barreiras em prédios comerciais e públicos.


Todo dia o portador de deficiência física tem que superar tais obstáculos, mesmo que a Constituição Brasileira assegure o direito de todo cidadão de “ir e vir” livremente.

Porém, na prática essa condição não é tão simples para pessoas com mobilidade reduzida, como portadores de deficiência, idosos, obesos e gestantes.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o mundo abriga perto de 650 milhões de portadores de deficiências, a maioria deles vivendo em países em desenvolvimento.

No Brasil, a estimativa é de que em torno de 14% da população possua algum tipo de comprometimento, um número bem maior do que o esperado.

Para propiciar mais qualidade de vida a esse contingente de cidadãos, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em parceria com o Comitê Brasileiro de Acessibilidade, estabeleceu a resolução NBR 9050, com parâmetros técnicos a serem respeitados na construção, instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.

Contudo, basta olhar com um pouco mais de atenção pelas ruas para identificar problema

Vida autônoma

No caso dos idosos, por exemplo, a perda da força muscular -um dos efeitos naturais do envelhecimento – torna-se um agravante quando o assunto é acessibilidade.

Assim, uma ação simples para a maioria das pessoas, como usar o transporte público, muitas vezes, é um desafio intransponível, principalmente, pela altura dos degraus dos coletivos.

Outra situação é a espera de idosos em pé em filas de estabelecimentos, como agências bancárias, lotéricas e alguns serviços de saúde.

Apesar de muitas instituições bancárias já disponibilizarem assentos, em muitos locais os idosos continuam aguardando em pé o atendimento.

Também, vale chamar atenção para a melhora na acessibilidade por meio de rampas e barras.

A normatização é importante para proporcionar às pessoas -independentemente de idade, estatura ou limitação de mobilidade ou percepção – a utilização de maneira autônoma e segura dos ambientes urbanos.

Infelizmente, a realidade é diferente e é pensando nisso que pessoas de mais idade devem se preocupar com o fortalecimento muscular e também uma postura mais segura para enfrentar essas situações”, reconhece a fisioterapeuta Cristina Ribeiro, especializada no atendimento de idosos, lembrando que os profissionais que atuam com essa faixa etária da população devem considerar essas “barreiras” cotidianas, inclusive as existentes nas próprias residências.

Tempo respeitado


A especialista ressalta que, além do respeito às normas de acessibilidade, é preciso adotar posturas mais receptivas com esse público especial.

Por causa da perda da força muscular é natural que o idoso demore mais para atravessar a rua ou subir escadas.

Se somarmos a isso o nervosismo do trânsito, com motoristas impacientes buzinando para apressá-los, o idoso ficará nervoso, demorando ainda mais ou precipitando quedas.

Quando um idoso estiver atravessando a rua, o bom senso manda que pedestres e motoristas, tenham paciência, respeitando o tempo e a mobilidade de cada um”, defende a fisioterapeuta.

Prover a acessibilidade aos portadores de deficiência é ainda um grande desafio para arquitetos e urbanistas.

O crescimento da cidade mostra que, pelo menos quanto à acessibilidade, não se leva em consideração as necessidades de todos que dela fazem parte.

A cada dia surge uma nova idéia no uso de materiais, texturas e concepções arquitetônicas, mas na maioria das vezes, elas não permitem que qualquer pessoa as utilize com autonomia e segurança.

P,ara o arquiteto Ricardo Tempel Mesquita, as novas idéias e projetos que surgem devem seguir o conceito de acessibilidade para todos.

As ruas, praças, parques e edifícios devem ser projetados para atender toda a população e não somente uma parcela dela.

Neste contexto, a arquitetura desenvolve um papel importante nesse processo, pois só com a eliminação das barreiras arquitetônicas de uma cidade é que a população, indistintamente, poderá usufruir dela, participar e cooperar no seu desenvolvimento”, completa.

Arquitetura inclusiva

Segundo estatísticas do IBGE, no Brasil, existem mais de 9.300 cadeirantes e, mesmo assim, ainda é muito difícil encontrar lugares adaptados ou próprios para essas pessoas.

Tornar a residência acessível é dar possibilidade e condição de acesso, circulação, aproximação e alcance a um usuário de cadeira de rodas.

De acordo com a doutora em arquitetura inclusiva Sandra Perito, é a junção desses elementos que torna a residência um lugar seguro, confortável e apto a um cadeirante.

Outra condição muito importante é a circulação.

A ideia principal de adaptar um lugar é dar total independência ao morador deste local, dar espaço suficiente para que ele consiga se movimentar o máximo possível”, diz a especialista.

Oferecer condição de acesso é eliminar qualquer desnível que possa existir no decorrer no percurso.

Todo piso deve ter superfície regular, firme, estável, antiderrapante e que não provoque trepidações”, afirma a arquiteta Karla Cunha.

Além disso, é importante que os capachos sejam embutidos no piso e os tapetes ou forrações tenham suas bordas firmemente fixadas.

Caso contrário, simplesmente elimine esses objetos.

No caso dos usuários de cadeiras de rodas, uma das recomendações mais importante dentro de uma casa é que ele tenha uma área de giro de 360º para se mover com total liberdade e autonomia.


Assim, conforme a arquiteta, não é necessário um lugar imenso para que o cadeirante tenha liberdade e sim, que o espaço, seja bem projetado com todas as devidas recomendações.


Fonte: IMG


Cuidados em casa

A altura indicada para colocar objetos que permaneçam ao alcance das mãos

As tomadas devem estar instaladas entre 60 a 75 cm do chão

Desníveis são resolvidos com rampas

Os pisos antiderrapantes são os mais indicados

Tapetes não podem ser muito elevados para permitir o rolamento da cadeira

Manter um banquinho no banheiro ajuda na hora de ensaboar-se

Todas as portas da casa devem ter no mínimo 80 cm de largura

Espelhos devem ser fixados com a inclinação de 10 graus

Barras para apoio e transferência devem ser instaladas nos banheiros

A altura da mesa de jantar entre 75 cm e 90 cm do chão

A altura ideal para cama é a mesma da cadeira de rodas


Fonte: - www.tribunapr.com.br







SER AMIGA DE UM CADEIRANTE...



Ser amiga de um cadeirante é compreender, de fato, que o mundo possui muito mais desafios do que imaginamos.

É educar o seu cérebro para uma mente muito mais inclusiva.

É entender que se o seu amigo cadeirante não consegue frequentar determinado local, ali não é bom o suficiente, mesmo quando você está falando da sua própria casa.

É se descabelar quando escuta a palavra “escara”, porque só quem tem um amigo cadeirante de verdade entende o real significado dessa palavra.

É saber que espasmos não representam um ataque cardíaco.

É odiar passeios desnivelados, obstáculos e tapetes.

Ser amiga de um cadeirante é aprender o porquê de você não poder estacionar nas vagas reservadas para pessoas com deficiência nem por um minuto.

Ah, é inclusive aprender porque o termo correto é: pessoa com deficiência.

É aperfeiçoar todos os dias a arte da paciência: entenda, ele levará o triplo do tempo para entrar e sair do carro, e nesse momento você aprenderá o prazer de poder ajuda-lo.

Ser amiga de um cadeirante é aprender que você não precisa falar com voz de bebê e nem cheia de pudores, pisando em ovos, muito menos que tem que ficar rindo o tempo todo para ele.

Você pode ser quem você é.

Pode, se necessário, chorar, gritar, brigar, “pedir colo”, criticar e tudo mais...é incrível!

Eles não quebram pelo simples fato de vocês terem uma relação normal.

E acreditem... muitas vezes eles possuem um senso de humor bem mais aguçado que o seu.

Ser amiga de um cadeirante é pisotear todos os dias sobre seus próprios preconceitos.

É tornar seu amigo um “objeto” de estudo, porque você quer saber dele todas as dúvidas que todo mundo tem.

É correr desesperadamente até ele para contar todas as vezes que você: ver, encontrar, conhecer, conversar com qualquer deficiente.

É contar para qualquer pessoa nova que você conheça que você tem um amigo cadeirante.

É saber de todos os eventos da cidade que abordem sobre a dignidade da pessoa com deficiência e se tornar um “consultor” sobre o assunto, porque todo mundo quer tirar dúvidas com você.

É comprar briga.

É trabalhar o tempo inteiro com logísticas.

Ser amiga de cadeirante é andar com seu amigo por aí e por um minuto analisar o mundo ao seu redor e se perguntar:

Por que estão todos encarando?”, já que na maior parte do tempo até mesmo você esquece a deficiência dele.

Ser amiga de cadeirante é percorrer a linha tênue da autonomia e da dependência.

É pedir constantemente: “Me conta de novo a sua história?”, pelo simples fato de ser a história mais emocionante que você conhece.

É se emocionar, com a alma, em todas as conquistas dele.

Ser amiga de um cadeirante é, todos os dias, ter um choque de realidade ao reclamar da sua vida e se lembrar das inúmeras dificuldades que ele suporta.

É ter um exemplo.

É agradecer a Deus todos os dias, pelos mais variados motivos, pela vida dele,


Jéssica Matos



Somos coerentes?


Qual o conceito que você tem de coerência?

Afinal, o que é coerência?

Para os melhores dicionários a palavra remete a ligação, ao nexo, a harmonia entre fatos ou ideias.

Assim, será coerente aquele que agir, pensar, falar, de uma maneira em que haja nexo, harmonia entre suas ações.

Será isso que fazemos no nosso dia a dia?


Conseguimos agir com coerência em todos os nossos dias, em todas as nossas ações?

Vejamos que, muitas vezes, discursamos para todos a respeito da sujeira das ruas, das calçadas sem limpeza em nossa cidade, dos detritos que se avolumam.

Porém, não nos damos conta que jogamos o papel de bala, o recibo do estacionamento, o bilhete do ônibus pela janela do veículo, assim que ele não nos sirva mais.

Contribuímos com a sujeira que tanto criticamos.

Preocupamo-nos em ensinar a honestidade para nosso filho, discursando longamente a respeito.

E, caso toque o telefone e não queiramos falar com a pessoa que nos demanda atenção, pedimos para que nosso filho vá ao telefone e diga que não estamos.

Usamos da mentira que tanto detestamos.

Reclamamos, e com razão, do administrador público, ou do político, quando esse se apropria do que não lhe pertence, prejudicando a nação e seus cidadãos.

Taxamos de roubo, exigimos os rigores da lei, tudo plenamente justificado.

Mas, às vezes, somos nós mesmos a não devolver o troco a mais no supermercado e ficamos com o que não nos pertence.

Ou ainda, quando a autoridade policial nos pune frente a uma infração, tentamos suborná-la, corrompê-la.

Para quem discursa sobre roubo, suborno, somos nós então a roubar ou subornar.

Pura incoerência.

E por que temos dificuldade para sermos coerentes?


Por que tantas vezes agimos de maneira diferente daquela que pensamos ou defendemos com nossas palavras?


Isso acontece porque, se já temos o conceito formulado na mente, ainda nos falta o valor instalado na consciência.

Essas incoerências são geradas no descompasso entre o que a mente pensa, os nossos conceitos, e o que o coração sente, os nossos valores.

Se já pensamos certo, se nossos conceitos estão adequados, se fez um grande passo.

Porém, faz-se necessário ainda, conquistar os valores, fazer que a consciência aja dessa forma.

Assim é necessário que meditemos sobre nossos atos.

Que pensemos longa e profundamente sobre como estamos agindo em nossas vidas, o que estamos a fazer das oportunidades que desfrutamos todos os dias.

E, em última instância, somos muito mais aquilo que agimos e sentimos do que aquilo que apenas discursamos.

Isso é de tal forma real e verdadeiro que, certa feita, um filósofo americano afirmou:

O que você faz fala tão alto que não consigo escutar o que você está dizendo.


Assim se passa conosco.

O que fazemos será nosso maior discurso sobre nós mesmos, a maior representação do que efetivamente trazemos na alma, muito acima e além do que qualquer preleção ou apresentação verbal.

Desta forma, depois de escolhermos os valores que irão pautar nossa vida, comecemos o esforço inadiável de fazer com que esses conceitos, com disciplina e persistência, transformem-se em valores reais, e a coerência seja a tônica do nosso agir.


Fonte: - Redação do Momento Espírita.

Em 04.06.2011.











Um comentário:

  1. Infelizmente os cadeirantes e deficientes sofrem muito com as dificuldades no dia a dia, não há uma infraestrutura mínima para que possam ter acesso aos locais como: lojas, farmácias, escolas, faculdades, universidades, clinicas, laboratórios, institutos de imagens, postos de saúde e outros; falam muito em acessibilidade e inclusão como pode haver inclusão senão se te acesso. Além disso tudo ainda há discriminação e muito preconceito pelas pessoas em relação ao deficiente.

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