VOCÊ
IMAGINA COMO É A VIDA DE UM CADEIRANTE?
HOJE CONTO MINHA HISTÓRIA
PESSOAL
A
maioria das pessoas ditas “normais”, ou seja, que não tem nenhum
tipo de deficiência física ou não usa cadeira de rodas, talvez
nunca tenha tido contato com esse tipo de gente.
Entretanto
as dificuldades enfrentadas por nós, (sou cadeirante) são muitas,
principalmente em um país como o Brasil.
Isso
pode ser notado em situações que teoricamente não são complicadas
de serem resolvidas, é só uma questão de sensibilidade e boa
vontade.
Na
cidade de São Paulo, por exemplo, calçadas mal feitas e transporte
público deficitário são algumas das dificuldades encontradas por
quem tem como companheira de vida uma cadeira de rodas.
É
importante lembrar que os cadeirantes e outras categorias de
deficientes existem e devem ser sempre considerados e apoiados pelo
governo federal que poderia traduzir esse apoio efetivo através dos
estados e prefeituras.
Não
vou dizer aqui o que deve ser feito em cada local, mas no mínimo um
estudo sobre a população deficiente deveria ser realizado por
autoridades e órgãos competentes, com o intuito de mapear o público
de necessitados, a fim de direcionar os tipos de reformas que devem
ser realizadas em cada lugar.
Além
disso responsabilizar-se pela manutenção e adequação permanente
da acessibilidade.
Resguardar
e favorecer o direito de ir e vir do deficiente com segurança.
Criar
uma ouvidoria que atenda efetivamente todo o país para verificar
casos particulares, já que cada pessoa tem suas dificuldades, e
naturalmente deve ter a quem recorrer caso precise de ajuda.
Essas
são apenas sugestões.
Graças
a Deus, nasci em uma família que sempre me deu todo o apoio (fato
que muitas vezes não é visto).
Tive
paralisia cerebral, mas minha parte cognitiva não foi afetada, o que
me possibilitou estudar normalmente tanto na escola, onde contei com
a ajuda de pessoas incríveis com as quais mantenho amizade até
hoje, quanto na faculdade onde me formei jornalista, em 2007 na
UniFIAMFAAM, que fica na região do Morumbi.
Sobre
as dificuldades que enfrento ou enfrentei, talvez pelo carinho diário
que recebo da família, nem as percebo muito, mas a questão é que
elas existem.
A
falta de acessibilidade para chegar aos locais é notória e
instalações adequadas também.
Cada
vez que vou sair é uma situação complicada para buscar locais
viáveis para cadeira de rodas.
Isso
sem falar dos gastos adicionais que um deficiente tem por conta de
seu problema eles são infindáveis.
Embora
existam leis para os deficientes, na minha visão elas são falhas e
tem muito o que melhorar.
Falando
especificamente de minha situação como cadeirante, fui a várias
grandes empresas, e raramente, para não dizer nunca, vi um
cadeirante desempenhando seu trabalho, isso não é uma coincidência,
tampouco um caso de um lugar único.
Parece
que as empresas estão perdidas com as novas leis não sabendo se
adaptar a essa realidade, ou preferem negligenciar o universo de que
os deficientes fazem parte.
Na
verdade, há uma forte desconsideração.
Não
reclamo de nada na minha vida, mas essa situação não pode ser
vista com frieza e descaso.
Cada
caso deve ser enxergado com o devido carinho e responsabilidade que
merece.
Estamos
apenas engatinhando neste tema, ainda falta acolhimento, consciência
social e proatividade.
Até
mais, Gabriel Ábalos
Fonte: - brasilaromaticos.com.br
Ser
cadeirante:
A minha história de vida
Eu
não sou muita boa em escrever histórias, principalmente sobre a
minha vida, mas recentemente conheci a Carol, do Cantinho
dos Cadeirantes e ela me pediu pra contar minha história de vida
no blog dela.
Escrevi
com o coração e vim compartilhar aqui também, pra vocês
conhecerem um pouquinho mais sobre mim!!
Tudo
começou quando eu era bem pequenininha, por volta de uns 3 aninhos
de idade.
Foi
quando meus pais perceberam que eu estava andando com a ponta dos pés
e com um pouco de dificuldade.
Então
eles me levaram na UNICAMP e lá fui diagnosticada com Amiotrofia
Espinhal.
O
diagnóstico foi fácil, já que tenho um irmão mais velho que já
havia sido diagnosticado com essa doença.
Quando
descobriram a doença do meu irmão, os médicos da UNICAMP disseram
que se o próximo filho fosse menina, não teria problema nenhum.
Não
foi o que aconteceu.. rs
Bom,
sempre vivi a minha vida da melhor maneira possível, a Amiotrofia
nunca foi um problema de verdade pra mim, pois eu já havia me
acostumado a viver assim.
A
minha doença se estabilizou e eu continuei andando (com um pouco de
dificuldade) até os 11 pra 12 anos.
Nessa
época aconteceram várias coisas na minha vida e uma delas foi a
minha mudança de cidade.
Não
sei se foi apenas coincidência, mas isso me fez piorar muito!
Passei
a andar com mais dificuldade ainda e apenas com o apoio de alguém e
foi assim que fui pra minha escola nova todos os dias, me apoiando no
meu pai.
Era
horrível, pois eu não tinha liberdade nenhuma na escola, eu ficava
apenas na sala de aula e não saía nem pro intervalo.
Também
não fui muito feliz nessa escola, além dos professores e diretores,
os alunos eram muito preconceituosos, a ponto de eu ter que escutar
perguntas do tipo:
“Sua
doença é contagiosa”?
Depois
de 2 anos estudando nessa escola, senti que era hora de mudar.
Comecei
aceitando a usar a tão temida cadeira de rodas, que eu sinceramente
não queria de maneira alguma, mas que só levou uma semana pra me
acostumar.
É
muito fácil acostumar com o que nos dá liberdade!!
E
é claro, mudei de escola!!
Apesar
de ainda sofrer preconceitos, fui muito mais feliz nessa escola nova.
Fiz
ótimas amizades, que infelizmente hoje não tenho tanto contato.
A
vida tem dessas coisas, manda cada um pra um lado e a gente acaba se
distanciando.
Me
formei e hoje estou no último ano da faculdade de Administração,
sou bancária e blogueira de beleza.
Sim,
achei que seria legal incentivar as meninas que assim como eu, também
são cadeirantes.
E
foi aí que surgiu o Make Sobre Rodas. ?
Hoje
em dia não vou mais a UNICAMP, acho que cansei de tanta gente
querendo apenas me estudar.
Não
existe cura para a Amiotrofia espinhal, pelo menos não por enquanto.
Com
a medicina avançada como está, eu acredito sim que um dia isso irá
ter cura, pode não ser na minha geração, mas sei que um dia vai
ter.
Posso
imaginar como foi difícil para os meus pais passarem por isso tudo
com dois filhos, mas acho que Deus mandou as pessoas certas para
serem meus pais.
Eles
são maravilhosos e sempre me apoiaram em tudo.
Já
passei por muita coisa nessa vida ( e olha que tenho apenas 23
aninhos), mas aprendi que ser cadeirante não me faz ser menos que os
“andantes” e aprendi a não desistir nunca dos meus sonhos, por
mais difícil que eles pareçam ser.
Espero
que tenham gostado de conhecer mais sobre a minha história!!
Beijos
Fonte: - makesobrerodas.com.br
A vida de um cadeirante não é nada fácil, porque se enfrenta muitas dificuldades no dia a dia como no ir e vir, nossas calçadas são precárias e dificultam muito para se andar de cadeira de rodas, as lojas nem todas tem acesso adequado para deficientes e nem banheiros adaptados, escolas não oferece quase acessibilidade alguma, bancos é a maior dificuldade para se ter acesso, ônibus apesar de ter equipamentos nem todos funcionam e quando funcionam os operadores não sabem manusear corretamente, hospitais, clínicas, institutos de imagens, laboratórios e outros não sabem com lidar com os deficientes porque os funcionários são despreparados e aí por diante; além do desrespeito das pessoas com as vagas especiais para deficientes das pessoas; nossa sociedade esta despreparadas para acessar incluir o deficientes nela.
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