Acreditar em si mesmo

Acreditar em si mesmo

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Aonde está a serenidade?



A serenidade


Você já parou para observar, algum dia, como as pessoas andam pelas ruas apreensivas?

O semblante sempre carregado e o cenho franzido traduzem a angústia íntima.

A problemática em que se encontram mergulhados.

Em alguns momentos, a impressão que se tem é que a maioria das gentes anda em batalha interior constante.

E nos perguntamos:

Onde a serenidade?

Em especial daqueles de nós que ostentamos o adjetivo de cristãos.

Acaso teremos esquecido a exortação de Jesus:

A cada dia basta o seu cuidado?

E aquela outra:

Se pois Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé!

É por essa razão que, com regularidade, a Providência Divina permite que Seus missionários visitem a Terra, travestidos em corpos humanos e nas mais variadas frentes de trabalho.

Recordamos que em 1958, o Mundo assistiu à posse de mais um Papa.

Os cardeais, em Roma, encontraram um sucessor para Pio XII, que morrera após dirigir os destinos da Igreja Católica por 19 anos.

Aos 77 anos, Ângelo Giuseppe Roncalli assumiu o papado com o nome de João XXIII. Ângelo Roncalli era um homem que causava um impacto sempre favorável nas pessoas.

Reconhecia claramente suas limitações e era dotado de um vivo senso de humor.

Surpreendeu pela coragem de inaugurar debates sobre temas intocáveis até então.

Em um documento asseverou que todos os homens têm direito de escolher a sua religião.

Em 1960, num dos seus escritos, ele registrou uma página com notável sentimento de religiosidade universal.

Chama-se O Decálogo da Serenidade e contém dez sugestões de conduta para o homem que deseja a paz.

1ª - Procurarei viver pensando apenas no dia de hoje, exclusivamente neste dia, sem querer resolver todos os problemas da minha vida de uma só vez.

2ª - Hoje, apenas hoje, procurarei ter o máximo cuidado na minha convivência; cortês nas minhas maneiras, a ninguém criticarei, nem pretenderei melhorar ou corrigir à força ninguém, senão a mim mesmo.

3ª - Hoje, apenas hoje, serei feliz, na certeza de que fui criado para a felicidade, não só no outro Mundo, mas também já neste.

4ª - Hoje, apenas hoje, adaptar­-me-ei às circunstâncias, sem pretender que sejam todas as circunstâncias a se adaptarem aos meus desejos.

5ª - Hoje, apenas hoje, dedicarei dez minutos do meu tempo a uma boa leitura, recordando que, assim como o alimento é necessário para a vida do corpo, assim a boa leitura é necessária para a vida da alma.

6ª - Hoje, apenas hoje, farei uma boa ação e não direi a ninguém.

7ª - Hoje, apenas hoje, farei ao menos uma coisa que me custe fazer, e se me sentir ofendido nos meus sentimentos, procurarei que ninguém o saiba.

8ª - Hoje, apenas hoje, executarei um programa pormenorizado.

Talvez não o cumpra perfeitamente, mas ao menos escrevê-lo-ei.

E fugirei de dois males: a pressa e a indecisão.

9ª - Hoje, apenas hoje, acreditarei firmemente, embora as circunstâncias mostrem o contrário, que a Providência de Deus se ocupa de mim como se não existisse mais ninguém no Mundo.

10ª - Hoje, apenas hoje, não terei nenhum temor.

De modo especial não terei medo de gozar o que é belo e de crer na bondade.

Pense nisso!


O homem do futuro, que define as conquistas das virtudes nos esforços do presente, descobre o imenso prazer de ser bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus.

Pense nisso!

Mas, pense agora.


Fonte: - Momento Espírita, com base no texto O decálogo da serenidade, da Revista Reformador de agosto de 1996, ed. Feb. Disponível no CD Momento Espírita, v. 1, ed. Fep. Em 28.01.2008.




Serenidade e acomodação.


Você já observou que um dos maiores inimigos do homem é a acomodação?

Irmã da indiferença, aparentada com a preguiça, a acomodação é como uma doença que aos poucos paralisa as iniciativas humanas.

A acomodação vai contra o ritmo da vida.

Sim, porque aqui na Terra tudo nos convida ao trabalho.

A ação move a roda do progresso e é responsável pelos avanços humanos.

Sem trabalho, o homem se afasta de seu grupo social.

Sem agir, ele se torna praticamente invisível aos outros.

E assim foge ao contato que pode enriquecer sua experiência de vida.

Você já notou como há gente acomodada no Mundo?

Pessoas que, à primeira dificuldade, simplesmente desistem.

Outras há que sequer começam qualquer coisa que dê trabalho dobrado.

São vítimas da preguiça.

É óbvio que essa acomodação não se restringe apenas ao trabalho.

Quem é acomodado, leva isso para todos os demais aspectos da vida.

Assim, o acomodado não busca se aperfeiçoar ou se aprimorar.

Pior: geralmente, costuma reclamar que não é valorizado.

Esquece que não é valorizado porque está parado no tempo.

A atitude do acomodado é muito diferente da atitude de uma pessoa que enfrenta os acontecimentos da vida com serenidade.

Vamos ver qual a diferença?

Sereno é aquele que, diante de uma situação adversa analisa todas as variáveis: verifica onde errou, como pode corrigir e pesa os prós e os contras.

Em geral, a pessoa realmente serena não se deixa perturbar pelas dificuldades, mas busca soluções.

O acomodado é bem diferente.

Ele diz simplesmente:

Deus quis assim e eu não vou contra Ele”.

E cruza os braços!

Ora, é indiscutível que tudo o que acontece é porque Deus permite.

Também não se trata de ser contra a vontade divina.

No entanto, as dificuldades chegam para que aprendamos a lidar com elas.

Ou seja: toda situação difícil traz uma lição.

Mas esse aprendizado é longo e tem várias fases.

Depois de observar quais lições aprendemos com determinados episódios, o passo seguinte é verificar se podemos minimizar os efeitos negativos.

A diferença entre uma pessoa tranquila e uma pessoa acomodada é que a segunda não aproveita a lição de forma completa.

Ela para no meio do caminho.

Quando algo aparentemente ruim acontece, chora, se lamenta e fica por isso mesmo.

Algumas vezes até permanece calma, mas não reflete, nem toma qualquer atitude para que no futuro não mais seja atingida por situações semelhantes.

Em verdade, o acomodado tem preguiça de pensar no que fará daí por diante.

Para ele é mais fácil varrer as dificuldades para debaixo do tapete do esquecimento.

E esse conformismo paralisa a criatura, faz com que ela se torne apática, sem iniciativa.

Por isso, vale a pena observar os nossos atos perante a vida.

Que estamos fazendo com as lições que Deus nos permite vivenciar?

Será que estamos aproveitando para mudar hábitos negativos?

Para modificar a maneira de ver as coisas?

Não esqueça de que cada momento vivido é um instante único em nossa trajetória.

Cada lágrima ou sorriso carrega consigo um mundo de ricas experiências que devemos aproveitar.

Pense nisso!


Fonte: - Momento Espírita.



Serenidade e sabedoria.


Todo homem sábio é sereno.

A serenidade é conquista que se consegue com o esforço pessoal, passo a passo.

Pequenos desafios que são superados; irritações que conseguimos controlar; desajustes emocionais corrigidos; vontade bem direcionada; ambição freada, são todas experiências para a aquisição da serenidade.

Um Espírito sereno é aquele que se encontrou consigo próprio, sabendo exatamente o que deseja da vida.

A serenidade harmoniza, exteriorizando-se de forma agradável para os que estão à volta.

Inspira confiança, acalma e propõe afeição.

O homem que consegue ser sereno já venceu grande parte da luta.

Assim, não permitamos que nenhuma agressão exterior nos perturbe, causando irritação e desequilíbrio.

Procuremos manter a serenidade em todas as realizações.

A nossa paz é moeda arduamente conquistada, que não devemos atirar fora por motivos irrelevantes.

Os tesouros reais, de alto valor, são aqueles de ordem íntima, que ninguém toma, jamais se perdem, e sempre seguem com a pessoa.

Quando estejamos diante de alguém que engana, traindo a nossa confiança, o nosso ideal, procuremos nos manter serenos.

O enganador é quem deve estar inquieto, e não a sua vítima.

Em nosso círculo familiar ou social, sempre iremos nos defrontar com pessoas perturbadas, confusas e agressivas.

Não nos desgastemos com elas, competindo nas faixas de desequilíbrio em que se fixam.

Elas são um teste para a nossa paciência e serenidade.

Procuremos nos manter sempre em contato com o Alto, através da prece, buscando continuamente compreender as situações que a vida nos apresenta, enxergando-as como oportunidades, e não como crises.

Quem consegue manter a serenidade diante das pequenas dificuldades que surgem, vence mais facilmente os grandes desafios.

O homem sereno consegue viver mais feliz, pois nada parece afligi-lo a ponto de fazê-lo desistir dos sonhos que traçou para si mesmo.

O homem sereno jamais busca resolver suas questões através de comportamento violento, e por isso há mais paz em sua vida.



A serenidade que Jesus mantinha em Seu coração era algo sublime.

Poucos eram aqueles que não se emocionavam em Sua presença, pois essa virtude se exteriorizava pelo olhar tranquilo e profundo; irradiava pelo semblante carinhoso e pacífico; emanava pelas palavras ditas com tanto amor, que pareciam beijar e abraçar aqueles que as ouviam.

Poucos foram aqueles que não tiveram seus olhares inundados pelas lágrimas da emoção, ao estarem na companhia do Espírito mais sereno que já esteve na face da Terra.

Experimentando as mais cruas acusações sem uma palavra de defesa, na mais dura soledade, sem uma só exigência, Jesus deu o testemunho mais pesado através da agonia pelo amor.

Sem qualquer constrangimento, se manteve em serenidade admirável, para ensinar que a dinâmica da vitória sobre si mesmo é resultante do autodescobrimento e da aplicação das próprias forças no exercício do perdão incondicional e a situações, pessoas e coisas da rota evolutiva.


Fonte: - Momento Espírita, com base no cap. 36, do livro Episódios diários e parágrafos finais do cap.19, do livro Florações evangélicas, ambos pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed Leal. Em 8.3.2013.



A confiança é própria das crianças.

Elas se entregam sem temor àqueles em quem confiam.

E, pai e mãe representam para elas a maior segurança.

Se todos os homens confiassem em Deus como as crianças confiam em seus pais, mais amena seria a vida, porque essa confiança significa ter fé.

A fé é essa chama divina que aquece o Espírito e lhe dá forças para tudo superar: mágoas, revoltas, traições.

Com fé, o homem sobrevive ao clima de aflição, não se deixando jamais desesperar.

Enquanto outros param à borda do abismo, acreditando que ele seja intransponível, o homem de fé procura passagens diversas para alcançar o outro lado em segurança.

O homem de fé é o que não se inquieta com as notícias que falam de crises e de tempos difíceis.

Prossegue trabalhando sem cansaço porque está seguro de que terá forças para vencer.

E para que a fé não esmoreça, ele a sustenta com os valores da reflexão e da prece, porque nenhuma chama prossegue ardendo sem combustível para a sustentar.


Jesus usou a figura do grão de mostarda para falar a respeito da fé, afirmando que quem a possuísse daquele tamanho, poderia remover montanhas.

E a mulher, portadora de hemorragia há vários anos, provou ser verdade.

Bastou-lhe tocar a barra do manto de Jesus para ficar curada da sua problemática.

Assim como deram prova de fé Jairo, que veio rogar a Jesus pela cura de sua filha e o soldado que Lhe veio pedir por seu servidor de muitos anos.

Todos, por terem fé, movimentaram forças interiores que atraíram as energias curativas de Jesus, atingindo os objetivos que buscavam: a saúde daqueles a quem amavam.











Um comentário:

  1. Com as dificuldades que enfrentamos nos dias de hoje repleto de desafios precisamos ter bom senso e ser muito paciente para conviver com a atualidade em que vivemos numa sociedade desumana que nos empurra para o pior e pela desordem em que se encontra ficar difícil manter a serenidade.

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