Acreditar em si mesmo

Acreditar em si mesmo

sábado, 5 de agosto de 2017

Qual o sentido das palavras, da vida e do amor?



O sentido das palavras.
 
Um homem doou uma moeda de prata a quatro pessoas.

Uma delas, um persa, disse:

Com esta moeda, quero comprar angur.

O segundo, um árabe, exclamou:

Que insensato, não vamos comprar angur.

Vamos comprar inab.

O terceiro era turco e disse:

Esta moeda é minha também e não quero nem inab, nem angur.

Quero uzum.

O quarto, um grego, não se conformou:

Calem-se todos.

Com esta moeda compraremos isratil.

Começaram a brigar entre eles porque ignoravam o verdadeiro sentido das palavras.

Esbofetearam-se, insultaram-se, até que chegou ali um homem sábio e que conhecia muitas línguas.

Ele lhes disse:

Dêem-me esta moeda e confiem em mim.

Com ela comprarei algo que satisfará a todos vocês.

Sem opção melhor, eles lhe entregaram a moeda.

O homem sábio foi ao mercado.

Com a moeda comprou uma boa porção de uvas que entregou aos quatro briguentos.

Todos ficaram satisfeitos vendo seu próprio desejo realizado.

Ignorantes, eles não sabiam que todos desejavam a mesma coisa.

Angur, inab, isratil e uzum significam uva, nesses idiomas.



Tantas vezes, na vida, estabelecemos disputas por não entender corretamente o que o outro diz.

Diga-se, em vez de tornarmos a perguntar, para melhor compreender, reagimos de imediato, criando desentendimentos.

A palavra é instrumento da vida para vestir as ideias e as exteriorizar com clareza.

Nem sempre, contudo, somos felizes na sua utilização.

Por isso, a palavra tem sido, ao longo dos séculos, fomentadora de desacordos, desavenças.

Dentro do lar, pensemos quantas vezes a utilizamos de forma indevida.

No trato com companheiros de trabalho, quanta vez nos temos servido dela para fomentar intrigas...

O que deveria ser aplicado de forma edificante, para levantar o mundo, enriquecer a vida com belezas, é ensejador de mal estar.

Não foi por outra razão que o sábio Codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec, prescreveu que nos deveríamos entender a respeito do real significado das palavras.

No trato com o semelhante, pois, sejamos mais pacientes, ouvindo melhor e falando de forma adequada.

Utilizemos palavras sem duplo sentido, que possam ensejar maus entendimentos.

Não utilizemos palavras grotescas para denominar situações e coisas, se outras existem, que melhor expressem o que desejamos dizer.

A palavra também carrega a vibração dos sentimentos com que a pronunciamos e atinge de forma feliz ou infeliz, o nosso interlocutor.

Pensemos neste imenso tesouro que se chama palavra e nos sirvamos dela com sabedoria.

Entendamo-nos a respeito do verdadeiro significado das palavras.

Enriqueçamos os nossos clichês mentais com palavras edificantes.

Não sejamos impacientes se preciso for repetir as nossas afirmações, mais de uma vez.

Carreguemos de otimismo todas nossas expressões verbais, criando sempre uma psicosfera de bem-estar a quem nos ouve.

Ao transmitir ordens, façamo-lo de forma clara.

Ao expressar nossos pensamentos, quando algo deva ser decidido, ofereçamos a lucidez do verbo.

Lembremos que somos responsáveis por toda palavra que saia de nossa boca, favorecendo ou infelicitando aquele a quem é dirigida.

Pensemos antes de falar a fim de nos expressarmos de forma precisa, evitando criar dissabores.

Utilizemos, enfim, a palavra para melhor viver e conviver com a imensa família humana, que começa em nosso lar e se alonga pelo mundo afora.


Fonte: - Momento Espírita, com base em conto da tradição sufi e no cap. 9, do livro Alerta, do Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Em 09.02.2012




 O sentido da vida.



Você já reparou como é difícil, algumas vezes, ter respostas para algumas dúvidas do dia a dia?

Ter respostas para essas perguntas que nos surgem quando estamos na fila do supermercado, ou escovando os dentes ou parados no sinaleiro, dentro da condução?

Você já não teve dessas perguntas que, um dia, sem pedir licença, entram em nossa mente e ficam rodando, rodando, até que desistimos delas, ou as guardamos no fundo, bem no fundo do baú de nossa mente?

Quem de nós já não se perguntou por que nascemos em situações tão diferentes?

E quanto às nossas capacidades, será que Deus nos criou assim tão diferentes uns dos outros?

E por que Ele permite haver uns na Terra com tanto e outros com tão pouco?

Ou ainda, por que pessoas boas sofrem, passam por provas, por dificuldades, dores?

Se Deus é soberanamente bom e justo, se Deus é, na profunda síntese do Evangelista, amor, qual a razão disso tudo?

Qual o sentido de todas essas coisas, aparentemente tão incoerentes?

Na verdade, quando essas perguntas nos surgem, é nossa intimidade buscando respostas para o sentido da vida.

São perguntas que a Filosofia vem se fazendo desde há muito, e que refletem o anseio que cada um de nós traz na intimidade:

Afinal, qual o sentido da vida?

Por que estamos aqui?

Deus, ao nos matricular na escola da vida, deseja de nós que o aprendizado aconteça.

Como todo pai ao matricular seu filho na escola,

Ele espera que aprendamos a lição.

Nos bancos escolares, nos matriculamos para aprender a escrever, a manipular os números, a entender um pouco as leis da Física, da Química e de tantas outras ciências.

E na escola da vida, o que temos que aprender?

Jesus, no Seu profundo entendimento das Leis de Deus, foi firme ao nos ensinar que o maior mandamento da Lei do Pai é o do amor.

Assim, podemos entender que, quando matriculados na escola da vida, na escola que Deus nos oferece, Ele espera de nós essa única lição: aprender a amar.

Dessa forma, todas as oportunidades que a vida nos oferece, são oportunidades para aprendermos a amar.

Seja na situação financeira difícil, ou no físico comprometido, estão aí, para nós, as melhores lições para amar.

A doença que nos surge, de maneira inesperada, é o convite à resignação e fé.

O chefe difícil, intempestuoso, nos convida à compreensão.

O filho exigente é a oportunidade da paciência e do desvelo.

O marido tirano, a esposa intransigente são os portadores do convite à humildade e compreensão.

A cada esquina, o que a vida nos oferece, seja da forma como ela nos oferece, sempre traz consigo oportunidade bendita do aprender a amar.

Você já reparou nisso?

E o aprender a amar se faz no exercício diário desse sentimento, desdobrado nos inúmeros matizes que ele guarda em si, nas mais variadas virtudes que ele permite ser vivido.

Seja onde a vida nos colocar: no corpo doente, no lar carente, na família difícil, ali estará nossa melhor lição para amar.

Tenha sempre em mente que o maior sentido da vida é conseguir perceber e entender que ela guarda, em cada oportunidade, em cada desafio que nos oferece, bendita lição para aprender a conjugar o verbo amar.


Fonte: - Momento Espírita. Em 01.07.2009.





O sentido do amor.



Aguardávamos o transporte que nos conduziria ao trabalho.

A plataforma estava repleta de pessoas, cada qual à espera do respectivo ônibus.

Foi então que vimos a mãe jovem com o filho nos braços.

Era um dia de sol intenso e ela estava de óculos escuros.

O garoto se mirava nas lentes e falava, encantado, apontando com seu dedinho:

Eu tô aqui, mamãe.

Eu tô me vendo.

E como para se assegurar de que estava sendo visto, por detrás das lentes escuras, perguntou:

Você tá me vendo, mamãe?

E com suas mãos delicadas acariciava o rosto da mãe.

Com cuidado, ajeitou-lhe o cabelo para trás das orelhas e comentou:

Que lindo brinco, mamãe!

Como você é bonita!

Enquanto a jovem, simplesmente, sorria, enlevada, ele declarou:

Amo você, mamãe.

Também amo você, respondeu ela.

E assim iam se consumindo os minutos, em troca de carinhos e palavras doces, as testas encostando uma na outra e beijinhos sendo dados nas faces.

Observando as cenas que se sucediam, discretas, mas emocionantes, ficamos a pensar nos segredos do amor.

Desse amor que extravasa do coração de um filho agradecido e apaixonado, do amor materno que se repleta de felicidade, nessa doce experiência.

Permitimo-nos viajar no tempo, e cogitar: quando os anos se sucederem, quando a vida já houver estabelecido outras diretrizes, como recordarão esses corações tais momentos!

Possivelmente, o menino tornado homem, não terá guardado lembrança daqueles momentos fugazes, num dia distante, numa plataforma de transporte urbano.

No entanto, alimentado de gestos de ternura, aprendendo as delícias do amor que se traduz em espontâneas manifestações, se tornou um homem equilibrado, ponderado e feliz.

A mãe, com certeza, na madureza dos anos ou na velhice dos dias, guardará na memória o enlevo daqueles momentos e daquelas carícias.

Mesmo que, por qualquer motivo, permaneça distante do amado filho, bastará feche os olhos para renovar as sensações de mãozinhas macias, acariciando-lhe as faces e a vozinha infantil declarando amor.


Enquanto muitos passam pela vida e aportam na velhice no barco da desilusão, desencantados, os que elegeram para suas vidas o amor, navegarão em águas tranquilas.

Pessoas assim vivem intensamente, produzindo o bem, semeando alegrias em seu redor, sendo felizes.

Enquanto outros vão à cata de aventuras, ou se propõem a uma caça à felicidade, esses, por terem elegido o amor como sentido do viver, saúdam cada dia com gratidão.

Espalharam as sementes do amor em profusão e colhem seus frutos sazonados.

Essas pessoas não se permitiram perder os tesouros dos minutos.

Minutos de um dia de sol, de um gesto de carinho, de uma palavra gentil, de uma declaração amorosa inesperada.

Pense nisso: aproveite hoje, a partir de agora, cada minuto, para experienciar o amor.

Ame e ensine a amar.

Expresse ao outro seu amor.

Construa sua felicidade!


Fonte: - Momento Espírita. Em 5.11.2013.




O mestre Galileu já prescreveu, há mais de dois mil anos:

Amai o vosso próximo.

Fazei aos homens tudo o que queirais que eles vos façam.

Tratai todos os homens como desejai que eles vos tratem.

Se passarmos a nos importar com o semelhante, com quem caminha ao nosso lado, encontraremos sentido na vida porque sempre haverá uma lágrima para enxugar, um coração para consolar, alguém para agasalhar, um carinho a dar.

Pensemos nisso e tracemos objetivos para nossas vidas.

Crescer em intelectualidade, mas não esquecer que somos gente, rodeados de gente e que todos ansiamos muito por alguém que se importe conosco.











Um comentário:

  1. O homem na sua caminhada terrena não esta aqui á passeio e nem como um turista, alguma missão nos foi confiada para que possamos progredir e evoluir moralmente, intelectualmente e espiritualmente só assim a vida vai ter algum sentido; um homem sem algum objetivo e metas para atingir tem uma vida sem sentido algum e não chega a lugar algum, ao contrário daquele que faz com que sua vida tenha sentido procurando assim contribuir para a evolução e progresso da humanidade deixando um mundo melhor para aqueles que vierem depois dele e se sentem feliz por fazerem a sua parte.

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