Acreditar em si mesmo

Acreditar em si mesmo

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Coisas que um cadeirante adora escutar.




Coisas que um cadeirante ADORA escutar.


Muitas vezes as pessoas não fazem por mal, a falta de informação acerca da condição de cadeirante gera perguntas ridículas e situações constrangedoras.

Nas primeiras vezes temos paciência e levamos numa boa os questionamentos, mas chega uma hora que, dependendo do indivíduo e da pergunta (tem uns que fazem de sacanagem), dá vontade de aproveitar a altura em que nossa mão fica em relação às pessoas e lascar um murro nas partes baixas.

Abaixo listei algumas situações e questões que muitos cadeirantes vivenciam.

Em nome do bom convívio social, da tolerância com o próximo e da paciência gigantesca geralmente somos educados.

Mas, e se não fossemos?...

Como minha criatividade pro mal feito é muita, mando duas respostas "tolerância zero" pra cada pergunta.


Situação:

Contando sobre a perda de sensibilidade.

Pergunta:

Você não sente nada mesmo?

O que ele responde:

Não, não sinto nada mesmo.

O que gostaria de responder:

Às vezes sinto vontade de chorar quando alguém pergunta isso.

Sinto muito sobre sua ignorância cavalar que não te deixa entender o que é perda de sensibilidade.


Situação:

O cadeirante diz que tem carro e dirige.

Pergunta:

Como é que você faz pra dirigir?

O que ele responde:

Meu carro é adaptado pra mim.

O que gostaria de responder:

Deito no banco, acelero com uma mão, dirijo com a outra e amarrei um espelho no banco pra enxergar a estrada.

Tranquilo.

Instalei um controle de videogame no carro pra fazer tudo na mão.

O problema é quando dá game over, o carro para de funcionar.


Situação:

O cadeirante mostra o carro adaptado pro animal acreditar.

Pergunta:

Ah, você dirige com as mãos?

O que ele responde:

Sim, é tudo nas mãos.

O que gostaria de responder:

Não, dirijo com o nariz, gosto de aventura.

Todo mundo dirige com as mãos, sua toupeira, a diferença é que acelero e freio com uma das mãos.


Situação:

O cadeirante se mexe na cadeira, mudando um pouco de posição.

Pergunta:

Deve ser muito ruim ficar sempre sentado né?

O que ele responde:

Sim, muito ruim.

O que gostaria de responder:

Que nada, a gente descansa pra caramba, e nem precisamos pegar cadeira, banco, nada, temos sempre lugar pra sentar.

Ruim mesmo é não alcançar sua nuca pra te dar um tabefe.


Situação:

O cadeirante faz elevação (se suspende pelos braços)

Pergunta:

Sua bunda não fica doendo?

O que ele responde:

Tenho pouca sensibilidade (ou nenhuma).

O que gostaria de responder:

Sua anta, não lembra que te falei que não sinto nada?

Menos que a sua, que está sempre em uso...


Situação:

Conversa sobre sexo.

Pergunta:

Você tem disfunção erétil?

O que ele responde:

Não, funciona direitinho.

O que gostaria de responder:

Brocha é a pqp.

Dá uma apalpada aqui em baixo que você descobre.


Situação:

Ainda conversa sobre sexo.

Pergunta:

Você consegue transar normalmente?

O que ele responde:

Sim, só fico limitado a algumas posições.

O que gostaria de responder:

Não, preciso utilizar a posição 238 do Kama Sutra me pendurando no teto enquanto minha parceira planta bananeira.

Pergunta sua irmã que ela te responde.


Situação:

Comentando sobre como tomamos banho.

Pergunta:

Você consegue tomar banho sozinho?

O que ele responde:

Sim, tenho uma cadeira própria pra entrar debaixo do chuveiro.

O que gostaria de responder:

Tenho três enfermeiras gostosas que me dão banho de esponja todo dia.

Não, quando sua irmã não está ocupada ela me dá banho de esponja.


Situação:

Falando sobre o dia a dia.

Pergunta:

Você se vira sozinho?

O que ele responde:

Faço quase tudo sem ajuda, é só buscar novas maneiras.

O que gostaria de responder:

Que nada, minhas enfermeiras me ajudam em tudo, principalmente no banho de esponja.

Claro, e ainda te viro de bruços, vamos ali pra você ver.


Situação:

Ainda sobre o dia a dia.

Pergunta:

Você consegue ficar sozinho em casa?

O que ele responde:

Sim, sem problemas.

O que gostaria de responder:

Nada, além das enfermeiras tenho dois javalis, um porco espinho e três araras pra me fazer companhia.

Tô precisando de uma anta, você se interessa?

Que nada, sua irmã tá sempre lá comigo.

Acha mesmo que ela faz pilates, aula de inglês e natação todo dia?



P.S.: se o cara não tiver irmã, serve a prima.

Ou se o cadeirante já estiver puto (e o cara não for muito forte), apela pra progenitora.


Fonte – lesadoemeio.blogspot.com.br




Tolerância antes de tudo.



Conta-se que um velho guerreiro, admirado e respeitado por todos de sua tribo, era frequentemente consultado pelos seus.

Certo dia, um jovem de seu clã, ansioso por galgar o mesmo sucesso do velho, foi ter com ele, desejando beber de sua sabedoria.

Venerável ancião, disse o moço, busco compreender quais as melhores lições que a vida vos ofereceu.

Guerreastes em muitos campos de batalha, enfrentastes destemido os mais audaciosos adversários, demonstrando coragem e bravura.

Fostes o maior líder de nosso povo, e sob vossa égide conquistamos paz e soberania.

Assim, desejo saber qual a maior lição que pudestes aprender em vosso caminhar.

Meu caro jovem, redarguiu o velho líder, após tantas lutas, tantos enfrentamentos, digo-lhe apenas uma coisa:

O grande segredo da vida não é lutar pelas nossas diferenças, mas sim unirmo-nos pelo que temos em comum.

Não importa se somos dessa ou daquela etnia, se somos branco, índio ou negro.

Antes de tudo, temos que nos entender porque somos gente, homens e mulheres, sem diferença nenhuma quando vistos por dentro.


A lição do guerreiro é considerável.

Em um meio onde as ideologias partidárias, as diferenças, brigas e os antagonismos são a tônica dos relacionamentos em nossa sociedade, ele nos orienta a que busquemos nos unir em torno do que temos em comum.

Ideal seria que dessa forma acontecesse conosco em sociedade.

É natural que existam pessoas que tenham uma ideologia política diferente da nossa.

Nem todos temos a mesma orientação sexual a nos conduzir a vida.

Educamos nossos filhos de maneira diferente.

Votamos em candidatos distintos e torcemos para times contrários.

Temos gostos musicais dos mais variados.

E escolhemos essa ou aquela religião para alimentar nossa Espiritualidade.

Mas isso tudo é secundário.

Antes de tudo, somos irmãos.

Somos todos Espíritos reencarnados, navegando em um corpo físico, buscando superar nossas dificuldades, enfrentar a nós mesmos, dando conta das responsabilidades que nos cabem no mundo.

Assim, se alguém nos enfrenta com suas opiniões, compreendamos.

Se alguém precisa convencer a outrem sobre suas próprias opiniões, é porque talvez ainda esteja inseguro delas.

Se outrem nos procura para conduzir-nos às suas crenças, tenhamos paciência.

Muitas vezes, a estreiteza imposta a eles os impede de perceber que o caminho pouco importa, quando se tem claro o destino.

Com os luminares espirituais aprendemos que toda doutrina, mesmo parcialmente equivocada, é digna de respeito, desde que conduza as pessoas ao bem.

Assim, no agrupamento que estejamos, evitemos as polarizações, seja qual for o tema.

Tolerar é compreender que, no limite daquilo que é legal e ético, temos direito de agir conforme os ditames da consciência.

E o maior exemplo de tolerância nos oferece Deus, quando nos permite que usemos nosso livre-arbítrio.

Na Sua tolerância Divina, Ele sabe que nossos erros e opções, nem sempre acertadas, são caminhos de aprendizado e amadurecimento.


Fonte - Momento Espírita. Em 29.8.2017.



Tolerância


A tolerância, do latim tolerare (sustentar, suportar), é um termo que define o grau de aceitação diante de um elemento contrário a uma regra moral, cultural, civil ou física.

Do ponto de vista da sociedade, a tolerância é a capacidade de uma pessoa ou grupo social de aceitar outra pessoa ou grupo social, que tem uma atitude diferente das que são a norma no seu próprio grupo.

A concepção moderna tenta modificar a tolerância para o aceitar essa diferença no sentido de concordar, entretanto não é o que realmente significa a tolerância.

Tolerar algo ou alguém é permitir que algo prossiga, mesmo que a pessoa não concorde com tal valor, pois é dado o respeito de discordar.

O conceito de tolerância se aplica em diversos domínios:

Tolerância social: atitude de uma pessoa ou de um grupo social diante daquilo que é diferente de seus valores morais ou de suas normas.

Tolerância civil: discrepância entre a legislação, a sua aplicação e a impunidade.

Tolerância segundo John Locke: «parar de combater o que não se pode mudar».

Tolerância religiosa: atitude respeitosa e convivial diante das confissões de fé diferentes da sua.

Tolerância farmacológica ou medicamentosa: diminuição da responsabilidade a um fármaco, ou seja, a diminuição do efeito farmacológico com a administração repetida da substância.

Tolerância técnica: margem de erro aceitável, ou capacidade de resistência a uma força externa.

Tolerância: em gestão de riscos constitui o nível de risco aceitável normalmente definido por critérios pré estabelecidoos.


Fonte – wikipedia.org











Um comentário:

  1. Sou cadeirante tetraplégico devido a um acidente com bicicleta há 25 anos, mesmo assim ainda encontro pessoas conhecidas e amigas que me fazem inúmeras perguntas com temas bem diversos sobre a minha condição de cadeirante, muitas dessas pergunta são impertinentes, debochadas ou inocentes que dizem respeito ao meu dia a dia como: alimentação, higiene, vestimenta, transporte, sexo e outras mais; são curiosidades sobre como vivemos com as nossas limitações, mas muitas delas são inocentes ou debochas a ponto de nos ofender e nos considerar como deficientes mentais e não como deficientes físicos que o único problema é a dificuldades de locomoção e movimentos, e nas demais somos iguais as pessoas normais; tudo isso porque as pessoas ainda não aprenderam a conviver com as diferenças, por lhes faltaram conhecimentos em relação aos deficientes.

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