Perguntas
idiotas tolerância (quase) zero!
De
Mariana Reis.
Dizem
que “a curiosidade não matou o gato”.
E
vou confessar a vocês: eu admiro muito as pessoas curiosas.
Sério!
Mas…
não tem um dia na vida que eu não escute de alguém indagações
que, de tanto repetirem-se, viraram motivo de graça.
Apesar
disso, nunca me canso de responder ou explicar.
É
minha missão.
Mas
não se espante com as respostas.
Fez
perguntas idiotas?
Então…
aguente as provocações!
1
– Você nasceu “assim”’?
Que
eu me lembre, não. Minha mãe nunca me disse que nasci com uma mini
cadeira colada ao meu bumbum.
Gente,
que diferença faz se nasci ou não?
Afinal,
o nascimento não causa deficiências, e sim, doenças, síndromes,
má-formação, problemas no parto etc…
2
– Você não anda nem um pouquinho?
Não.
Uso
a cadeira para descansar as pernas.
Esta
é uma pergunta clássica que encaro sempre quando vou embarcar,
principalmente, nos aeroportos deste Brasil!
3
– A cadeira vai?
Por
quê?
Vai
me levar no colo?
Esta
também é clássica, de taxistas.
Então,
me adianto e já saio falando antes de eles perguntarem
Olha,
tenho um caso de amor com minha cadeira e, por isso não me separo
dela.
Sim,
ela vai!
4-
Como você toma banho?
Pessoal,
só aceito esta pergunta quando ela vem das crianças, tá?
Do
contrário, considero muito indiscreta.
Mas
como nunca perco a piada, e sou sincera, vou logo dizendo: tiro
a roupa, verifico se o chuveiro está no quente, se tem toalha, ligo
o chuveiro e tal…
5
– Por que você não usa cadeira elétrica?
Por
que não sou criminosa, e não gostaria de morrer eletrocutada.
Além
disso, já viu o preço da conta de luz?
Mas
de todo modo as cadeiras motorizadas são excelentes para quem tem
uma deficiência severa e a quem faltam forças nos braços para
impulsionar uma cadeira manual.
Como
paraplégica que sou, o ideal mesmo são as cadeiras manuais, que,
além de mais práticas e de fácil manuseio, nos fazem exercitar o
coração.
Sim,
temos coração!!
6
– Sua bunda deve doer de tanto ficar sentada, né?
Olha,
como personal, vejo bundas expostas a muito mais a dores do que as
dos cadeirantes.
Como,
por exemplo, as de pessoas que fazem muitos agachamentos…
Estar
cadeirante não significa estar imóvel.
A
gente se mexe pra cá e pra lá, e também – quem pode – usa
almofadas especiais que ajudam muito na nossa “sentada” diária.
7
– Como você dorme?
Engraçado…as
crianças me fazem muito essa pergunta.
Para
elas, sempre respondo com uma história bem interessante, e elas
acabam por entender que durmo como a maioria das pessoas, deitada.
Mas
pensando bem, durmo sentada quando um filme é chato ou quando estou
viajando em classes econômicas.
Às
vezes, durmo sentada, também, esperando uma consulta que demora
demais ou quando vou a uma loja para resolver problemas com o
celular.
8
– Você transa?
Como
é?
Sim,
e quando se ama e é correspondido fica ainda melhor.
Costumo
transar sem roupa, mas, às vezes, vai de roupa mesmo.
O
mais importante é ter alguém com quem possa compartilhar do mesmo
desejo.
As
maneiras como cada um faz é bem particular.
E
as adaptações, adequações, cada qual escolhe o que e como fica
melhor.
9
– Como você dança?
Escolho
uma música e me mexo no ritmo dela.
Pode
ser acompanhada ou sozinha.
Em
casa ou na balada.
Ah,
costumo dançar enquanto dirijo
10
– Você dirige?
Sim.
Por
que?
Quer
uma carona?
Bom,
queridos leitores, perguntar não é nenhum problema, como já disse.
Mas
elaborar melhor o pensamento ou fazer o exercício de colocar-se no
lugar do outro – isso, em qualquer situação – pode evitar uma
resposta com efeito nocaute.
Como
em todas as situações de possíveis saias justas, tento manter a
paciência, o bom humor e entender a minha missão naquele momento.
Jamais
perco a oportunidade de informar e acabar com o preconceito que pode
estar pairando entre nós.
Além
disso, viver sem senso de humor é difícil e muito pesado.
Fonte
– www.revistahype.com.br
Um
silêncio libertador
De
Mariana Reis.
Convivo
diariamente com o espanto das pessoas que me conhecem e daquelas que
acabo de conhecer, ao saber que não uso o bendito WhatsApp.
Minha
família, colegas de trabalho e clientes, todos questionam minha
decisão.
Como
sou cobrada cada vez mais com maior veemência, resolvi escrever esse
texto explicando meus motivos.
Para
começar, estamos viciados.
Fisticados.
Em
qualquer lugar, a qualquer momento do dia, não conseguimos deixar de
lado o objeto de nossa dependência.
Dormimos
ao lado dele, acordamos com ele, o levamos para o banheiro e para o
café da manhã e, se, por enorme azar, o esquecemos em casa ao sair,
voltamos desesperados.
Somos
incapazes de ficar mais de um minuto sem olhar para ele.
É
através dele que nos conectamos com o mundo, com os amigos, com o
trabalho.
Sabemos
da vida de todos e informamos a todos o que acontece por meio dele.
Os
neurocientistas dizem que ele nos fornece pequenos estímulos
prazerosos dos quais nos tornamos dependentes.
Oh,
céus!
Ah…,
o tempo todo e em qualquer situação, as pessoas param, olham a tela
do celular, dedilham uma mensagem.
Enquanto
conversam.
Enquanto
namoram.
Enquanto
participam de uma reunião.
E,
pior de tudo, até mesmo enquanto dirigem.
Sinceramente,
eu acho o Whatsapp muito chato.
Sei
que não darei conta de tantas pessoas querendo uma resposta rápida
ou me vigiando, se visualizei ou não a mensagem.
Não
suporto ficar alienada a olhar o celular a cada sinal de som ou de
luz emitidos pelo aplicativo.
Também
não me imagino gastando tempo para sair de grupos ou apagando fotos
desinteressantes.
E
tem mais: as piadas que circulam no WhatsApp ainda são as mesmas que
eu recebia no século passado, por e-mail.
No
máximo o texto longo foi substituído por um vídeo, as correntes
também são as mesmas, adaptadas, claro.
Os
trotes e os golpes, os vírus, os mesmos, apenas um pouco mais
sofisticados.
Aquelas
lindas mensagens motivacionais que recebia em Power Point, agora
estão em forma de vídeos, mas quase sempre as mesmas.
Se
eu usasse o WhatsApp, minha vida seria um “déjà vu” sem fim.
Não!
Tô
fora!
Descobri,
com a minha desconexão do Whatsapp, que não há nada de errado.
Às
vezes, quando as pessoas sabem que você não o usa, pode ser que
você perca alguma notícia durante algumas horas ou alguns dias.
Também
pode ser que algumas pessoas com quem você não tem uma relação
estreita deixem até de se comunicar com você.
No
trabalho, a coisa é diferente.
Até
penso em usar para não ser demitida… kkkk!
É
muito provável que, no futuro, depois dessa dose viciante, acabemos
usando as mensagens instantâneas de uma forma um pouco mais
inteligente do que hoje, sem nos tirar da nossa vida real.
Enquanto
isso, é melhor não perder a cabeça nem esquecer que quase sempre a
melhor comunicação é a que ocorre cara a cara.
Por
isso, quando você quiser me encontrar e não conseguir, saiba que
estou pelas ruas vendo o que por ali tem, observando as pessoas,
tomando um café, vendo o movimento da vida, ou até mesmo encalhada
em algum buraco devido à falta de acessibilidade.
Colhendo
ângulos de um mundo que também é de toque.
O
abraço, o aperto de mão, o olhar… foram as primeiras ferramentas
‘touch’ criadas para nos aproximar mais das pessoas que gostamos.
Fonte
– www.revistahype.com.br
Reflita
sobre o seu viver.
Você
costuma refletir sobre sua forma de viver, ou simplesmente vive?
Sabe
aonde seus passos o conduzirão, ou simplesmente caminha?
Decide,
conscientemente, a direção que toma, ou apenas segue à frente, de
maneira quase automática?
Reflete
bem sobre o que pensa e diz, ou solta as palavras como uma
metralhadora que dispara projéteis?
Pondera,
antes de agir, sobre os efeitos que surgirão de suas atitudes, ou
prefere reclamar dos resultados infelizes só depois que surgem?
Considere
que cada escolha feita terá suas consequências correspondentes,
desencadeando uma sucessão de fatos sem fim.
Por
tudo isso, reflita sobre o seu viver.
Volte
seu olhar para dentro de si próprio e analise a sua vida, seu modo
de ser, suas decisões, os sentimentos que molduram seu caráter,
suas reações, seus anseios, seus sonhos.
Reflita
sobre si.
Sobre
quem é você, de onde veio e para onde vai.
Por
que se encontra onde está, com as pessoas que o rodeiam, vivendo as
situações que vive.
Reflita
sobre si mesmo.
Pense
em como seria se você fosse um pouco diferente do que é.
Imagine
se fosse um pouco melhor do que é, um tanto mais amável, mais
amigo, menos impulsivo, menos reativo às vicissitudes da vida.
Reflita
e pense sobre como seria e como pode ser.
Como
será o seu viver, se experimentar um jeito novo de sentir aquele
sentimento desagradável que lhe acomete.
Como
seria se ao invés de responder da maneira abrupta que lhe é comum,
se esforçasse para responder com mais suavidade.
Como
seria se durante um dia inteiro não emitisse uma única reclamação,
mesmo que os pensamentos lhe viessem à mente.
Como
seria atender a tudo que lhe solicitam sem azedume ou sem rabugice.
Como
seria se você fosse uma versão melhorada, repaginada de você
mesmo, um sósia mais amoroso, mais terno.
Talvez
se você se permitisse executar todos esses procedimentos, na ordem
que foram sugeridos, se surpreenderia ao ver que é capaz de ser o
que imaginou, porque sabe que é capaz de ser melhor.
Sabe
que é possível mudar.
Remova
de si mesmo e da sua indolência todas as amarras que o prendem ao
passado, ao que foi, ao que é.
Dê
a si próprio a chance de mudar as coisas, de tomar as rédeas da sua
vida, de decidir as metas a serem alcançadas e obrigar-se a chegar
ao objetivo que escolheu.
Nada
o impede.
Nem
Deus, nem o mundo, nem os outros.
É
você que se mantém onde está, por comodismo.
Confie
em si mesmo e verá descortinar outro amanhã, mais auspicioso.
Com
certeza se sentirá bem melhor do que se sente e muito mais próximo
de Deus.
Pense
nisso, e jamais deixe de refletir sobre o seu viver!
Ouça
seu interior e ajuste seus passos na direção da grande luz.
Fonte
- Momento Espírita, com base em mensagem do Espírito Emengarda,
psicografada por Marie-Chantal Doufour Eisenbach, na Sociedade
Espírita Renovação, em 14/08/2006.
Tem pessoas que fazem perguntas e certas colocações diante um deficiente que a gente não sabe se são ingênuas ou tem pouco conhecimentos sobre os deficientes; e muitos deles se sentem ofendidos com as perguntas e colocações que são idiotas ou maliciosas e por trás dessas tem segundas intenções; as pessoas precisam compreender que os deficientes apenas tem dificuldades de locomoção e não dificuldades mentais.
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