Acreditar em si mesmo

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quinta-feira, 9 de novembro de 2017

O que é tolerância?


 
O que é Tolerância:



Tolerância é um termo que vem do latim tolerare que significa "suportar" ou "aceitar".

A tolerância é o ato de agir com condescendência e aceitação perante algo que não se quer ou que não se pode impedir.

A tolerância é uma atitude fundamental para quem vive em sociedade.

Uma pessoa tolerante normalmente aceita opiniões ou comportamentos diferentes daqueles estabelecidos pelo seu meio social.

Este tipo de tolerância é denominada "tolerância social".

O dia 16 de novembro foi instituído pela ONU como o Dia Internacional para a Tolerância.

Esta é uma das muitas medidas da Organização das Nações Unidas para o combate à intolerância e da não aceitação da diversidade cultural.

Esta data ainda visa combater a intolerância religiosa, que consiste na falta de compreensão que algumas pessoas têm sobre o direito de cada indivíduo expressar a sua crença. 

Na Medicina, o termo "tolerância medicamentosa" é utilizado para designar a capacidade de um indivíduo para suportar determinados medicamentos.

A tolerância a uma medicação pode diminuir em consequência da utilização em excesso do mesmo medicamento.

A tolerância alimentar também é a expressão usada para se referir a resistência do organismo ao consumo de determinadas substâncias, como a lactose, por exemplo.

Por outro lado, quando a pessoa apresenta intolerância alimentar significa que seu organismo tem dificuldades em absorver certas substâncias, desencadeando consequências negativas para o corpo, como intoxicações ou alergias, por exemplo.

A expressão "tolerância zero" é utilizada para definir o grau de tolerância a uma determinada lei, procedimento ou regra, de forma a impedir a aceitação de alguma conduta que possa desviar o que foi previamente estabelecido.

Por exemplo, "tolerância zero a motoristas embriagados".





Tolerância.


Muitas vezes, no nosso dia a dia, costumamos reclamar de algumas pessoas que nos atendem em lojas, supermercados, ao telefone, enfim, aquelas que nos atendem de alguma forma.

O que não nos damos conta é que também estamos entre essas pessoas.

E que, como elas, também estamos nos relacionando com várias outras pessoas.

Devemos pensar duas vezes antes de nos irritarmos.

A irritação, a intolerância, fazem com que provoquemos males ainda maiores na sociedade em que vivemos.

São os pequenos desentendimentos que geram os grandes conflitos da Humanidade.

Por isso, não negue consideração e carinho diante de balconistas fatigados ou irritadiços.

Pense nas provações que, sem dúvida, os atormentam nas retaguardas da família ou do lar.

A pessoa que se revela mal humorada, em seus contatos públicos, provavelmente carrega um fardo pesado de inquietação e doença.

Aprender a pedir um favor aos que trabalham em repartições, armazéns, lojas ou bares é obrigação.

Embora estejam sendo pagos para cumprir suas tarefas ou sejam subordinados a nós, são seres humanos como nós mesmos.

Lembre-se que todas as criaturas trazem consigo as imperfeições e fraquezas que lhes são peculiares, tanto quanto, ainda desajustados, trazemos também as nossas.

Muitas vezes, nós mesmos, atormentados por algum problema a resolver, tratamos mal alguém que nos venha pedir um favor com delicadeza.

O que aconteceria se essa pessoa também nos tratasse mal?

Ficaríamos ainda mais irritados.

No entanto, se essa pessoa, apesar da nossa má vontade, nos tratasse bem, com cortesia e gentileza, pensaríamos melhor no que estamos fazendo, podendo até mudar de atitude.

Em muitos casos, o que nos falta é um pouco de tolerância.

Ter tolerância é ter paciência e saber entender os problemas alheios.

A tolerância deve ser aplicada indistintamente entre todos e em qualquer lugar.

É lição viva de fé e elevação e não pode ser esquecida.

Tolerar, no entanto, não significa ser conivente.

Desculpar o erro não é concordar com ele.

Entender e perdoar a ofensa, não representa ratificá-la, mas sim ser caridoso e compreensivo.

É indispensável não entrar em área de atrito, quando puder contornar o mal aparente a favor do bem real.

Perdoe as ofensas e tente entender os problemas alheios sem julgá-los preconceituosamente.

Faça aos outros o que gostaria que fizessem para você.

Seja uma pessoa amistosa para com todos.

Contribua sempre com um pouco de amor para vencer o mal do mundo.


Tolerância é caridade em começo.

Exercitando-a, em regime de continuidade, você defrontará com os excelentes resultados do bem onde esteja, com quem conviva.


Fonte - Momento Espírita com base no cap. 14 do livro Sinal verde, pelo Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier e no cap. 56 do livro Convites da vida, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Em 25.04.2011.


Tolerância e respeito.


A tecnologia vem permitindo que nos comuniquemos cada vez mais, com uma quantidade sempre maior de pessoas.

As redes sociais, os telefones móveis, são alguns dos mecanismos que nos mantêm em contato uns com os outros.

Outrora, para conversarmos com alguém, necessário era estar junto a essa pessoa.

Para conhecer seu posicionamento sobre algum assunto, teríamos que esperar um encontro para a troca de ideias.

Assim se reduziam as possibilidades e a quantidade das colheitas de pareceres.

Poucas eram as chances de trocar experiências, ou de analisar outros pontos de vista.

Não é a realidade atual.

Conseguimos nos expressar de inúmeras maneiras, em um raio de ação antes impensável.

As redes sociais fazem ecoar nossas opiniões muito além do que imaginamos.

De igual forma, somos alcançados pelas opiniões de tantos, próximos ou não de nosso círculo de amizade.

É natural que nem sempre concordemos com a opinião alheia.

Algumas vezes são as posições políticas, ou a visão sobre sistemas de governo.

Em outro momento, nos vemos à frente de posturas que acreditamos serem insensatas, ou mesmo tolas.

Muitos expressam opiniões que julgamos despropositadas, inadequadas.

Nesses momentos, nasce a oportunidade de desenvolvermos em nós a tolerância.

No século XVIII, Voltaire, célebre filósofo humanista, afirmou que poderia não concordar com nenhuma das palavras que alguém dissesse, mas defenderia até a morte o direito desse alguém de pronunciá-las.

E assim o fazia porque tinha clara a plena percepção de que todos têm o direito de expressar as suas ideias.

Na medida em que a tolerância e o respeito pela expressão do pensamento alheio se faz, ganhamos o igual direito de nos expressarmos.

Ser tolerante com o pensar do outro não nos obriga a aceitar o que ele pensa.

Ser tolerante é ter o entendimento que ninguém é obrigado a pensar e agir como fazemos.

Cada um de nós traz os seus valores, seus conceitos, sua visão de mundo.

Assim escolhemos nossa postura política, nossa religião, nossos valores.

E nascerá sempre da tolerância nossa capacidade de bem conviver com a diversidade, sem gerar divergência.

O amadurecimento perante a vida nos fará conviver com o diferente, sem precisar impor nossas diferenças.

A cada um suas crenças, seus valores.

A todos nós, o respeito uns com os outros, oferecendo a liberdade de pensar e agir que desejamos para nós mesmos.

Se alguém nos pede a opinião, que nos posicionemos, de maneira clara, honesta e respeitosa.

No mais, iremos nos envolver em discussões, que serão sempre o exercício da imposição de nosso ponto de vista sobre o alheio.

Esses dias de convívio de ideias cada vez mais intenso e frequente, são também dias de convite a fomentarmos a tolerância.

Sem ela, a guerra se faz, as disputas se acirram, as famílias se dividem, as amizades se desfazem.

Pensemos nisso.


Fonte - Momento Espírita. Em 30.5.2015.



Tolerância antes de tudo.


Conta-se que um velho guerreiro, admirado e respeitado por todos de sua tribo, era frequentemente consultado pelos seus.

Certo dia, um jovem de seu clã, ansioso por galgar o mesmo sucesso do velho, foi ter com ele, desejando beber de sua sabedoria.

Venerável ancião, disse o moço, busco compreender quais as melhores lições que a vida vos ofereceu.

Guerreastes em muitos campos de batalha, enfrentastes destemido os mais audaciosos adversários, demonstrando coragem e bravura.

Fostes o maior líder de nosso povo, e sob vossa égide conquistamos paz e soberania.

Assim, desejo saber qual a maior lição que pudestes aprender em vosso caminhar.

Meu caro jovem, redarguiu o velho líder, após tantas lutas, tantos enfrentamentos, digo-lhe apenas uma coisa:

O grande segredo da vida não é lutar pelas nossas diferenças, mas sim unirmo-nos pelo que temos em comum.

Não importa se somos dessa ou daquela etnia, se somos branco, índio ou negro.

Antes de tudo, temos que nos entender porque somos gente, homens e mulheres, sem diferença nenhuma quando vistos por dentro.


A lição do guerreiro é considerável.

Em um meio onde as ideologias partidárias, as diferenças, brigas e os antagonismos são a tônica dos relacionamentos em nossa sociedade, ele nos orienta a que busquemos nos unir em torno do que temos em comum.

Ideal seria que dessa forma acontecesse conosco em sociedade.

É natural que existam pessoas que tenham uma ideologia política diferente da nossa.

Nem todos temos a mesma orientação sexual a nos conduzir a vida.

Educamos nossos filhos de maneira diferente.

Votamos em candidatos distintos e torcemos para times contrários.

Temos gostos musicais dos mais variados.

E escolhemos essa ou aquela religião para alimentar nossa Espiritualidade.

Mas isso tudo é secundário.

Antes de tudo, somos irmãos.

Somos todos Espíritos reencarnados, navegando em um corpo físico, buscando superar nossas dificuldades, enfrentar a nós mesmos, dando conta das responsabilidades que nos cabem no mundo.

Assim, se alguém nos enfrenta com suas opiniões, compreendamos.

Se alguém precisa convencer a outrem sobre suas próprias opiniões, é porque talvez ainda esteja inseguro delas.

Se outrem nos procura para conduzir-nos às suas crenças, tenhamos paciência.

Muitas vezes, a estreiteza imposta a eles os impede de perceber que o caminho pouco importa, quando se tem claro o destino.

Com os luminares espirituais aprendemos que toda doutrina, mesmo parcialmente equivocada, é digna de respeito, desde que conduza as pessoas ao bem.

Assim, no agrupamento que estejamos, evitemos as polarizações, seja qual for o tema.

Tolerar é compreender que, no limite daquilo que é legal e ético, temos direito de agir conforme os ditames da consciência.

E o maior exemplo de tolerância nos oferece Deus, quando nos permite que usemos nosso livre-arbítrio.

Na Sua tolerância Divina, Ele sabe que nossos erros e opções, nem sempre acertadas, são caminhos de aprendizado e amadurecimento.


Fonte - Momento Espírita. Em 29.8.2017.



Tolerância é caminho da paz.



Como anda nossa tolerância?

Temos dificuldade em aceitar quem pense diferente de nós?

Temos dificuldade para suportar quem saiba menos, ou quem pareça ser menos inteligente?

Precisamos falar sobre essa virtude que é o mínimo necessário para uma convivência saudável, sem tantos atritos e desencontros.

Tolerar é aceitar o que poderia ser condenado, é deixar fazer o que se poderia impedir ou combater.

Portanto, é renunciar a uma parte de seu poder, de sua força, de sua cólera…

Assim, toleramos os caprichos de uma criança ou as posições de um adversário.

Mas isso só é virtuoso se assumirmos, como se diz, se superarmos nosso próprio interesse, nosso próprio sofrimento, nossa própria impaciência.

A tolerância tem a ver com a humildade, ou antes, dela decorre.

De acordo com Voltaire:

Devemos tolerar-nos mutuamente, porque somos todos fracos, inconsequentes, sujeitos à mutabilidade, ao erro.”

Humildade e misericórdia andam juntas, e esse conjunto, no que se refere ao pensamento, conduz à tolerância.

Tolerar não é, evidentemente, um ideal”, já notava Abauzit, “não é um máximo, é um mínimo.”

Se a palavra tolerância se impôs, entretanto, é sem dúvida porque de amor ou de respeito todos se sentem muito pouco capazes, em se tratando de seus adversários.

Ora, é em relação a eles, primeiramente, que a tolerância age…

Esperando o belo dia em que a tolerância se incline ao amor”, conclui Jankélévitch, diremos que a tolerância, a prosaica tolerância é aquilo que melhor podemos fazer!

Tolerar – por menos exaltante que seja esta palavra – é, pois, uma solução passável; à espera de melhor, isto é, à espera de que os homens possam se amar, ou simplesmente se conhecer e se compreender, demo-nos por felizes com que eles comecem a se suportar.

É pequena virtude, mas indispensável.

É apenas um começo, mas o é.”


Tolerância é caminho de paz.

Não julguemos esse ou aquele companheiro ignorante ou desinformado, porquanto, se aprendemos a ouvir, já sabemos compreender.

Diante de criaturas que nos enderecem qualquer agressão, conversemos com naturalidade, sem palavras de revide que possam desapontar o interlocutor. 

Perante qualquer ofensa, não percamos o sorriso fraternal e articulemos alguma frase, capaz de devolver o ofensor à tranquilidade.

Nos empecilhos da existência, toleremos os obstáculos sem rebeldia e eles se farão facilmente removíveis. 

No serviço profissional, suportemos com paciência o colega difícil, e, aos poucos, em nos observando a calma e a prudência, ele mesmo transformará para melhor as próprias disposições. 

Em família, toleremos os parentes menos simpáticos e, com os nossos exemplos de abnegação, conquistaremos de todos eles a bênção da simpatia. 

Trabalhemos em nós essa virtude, a partir de agora. Pensemos nisso.


Fonte - Momento Espírita, com base no cap. Tolerância, do livro Pequeno tratado das grandes virtudes, de Andre Compte Sponville, ed. Martins Fontes e no texto Tolerância, do livro Plantão de paz, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. IDE. Em 19.9.2013.









Um comentário:

  1. A tolerância para nos que convivemos em sociedade fundamental, porque para se conviver bem somos obrigados a suportar ou aceitar coisas das quais não concordamos e assim respeitando opiniões e pareceres contrário ao nosso. Temos que convir que em relação a situações, atitudes, conceitos, normas e etc que regem a sociedade existe opiniões e pareceres diversos sobre inúmeros assuntos.

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