O
que é virtude?
Virtude
é
uma qualidade
moral,
um atributo
positivo de um indivíduo.
Virtude
é a disposição de um indivíduo de praticar
o bem;
e não é apenas uma característica, trata-se de uma verdadeira
inclinação, virtudes são todos os hábitos constantes que levam o
homem para o caminho
do bem.
Há
diferentes usos do termo, e existem vários exemplos
de virtude,
que estão relacionados com a força,
paciência,
coragem,
o poder de agir, a eficácia de um ou a integridade
da mente.
Virtude
é um conceito que remete para a conduta do ser humano, quando existe
uma adaptação perfeita entre os princípios morais e a vontade
humana.
Há
virtudes
intelectuais,
que são ligadas à inteligência e as virtudes morais, que são
relacionadas com o bem.
A
virtude intelectual consiste na capacidade de aprender com o diálogo
e a reflexão em busca do verdadeiro conhecimento.
A
virtude
moral,
por sua vez, é a ação ou comportamento moral, é o hábito que é
considerado bom de acordo com a ética.
Em
geral, na linguagem cotidiana, a palavra virtude é usada para nomear
as qualidades
gerais de uma pessoa.
A
expressão "em
virtude de"
significa "visto que", "devido a", "uma vez
que", etc.
Virtude
na Filosofia
Virtude
foi um tema bastante abordado pelo filósofo Aristóteles, que fez a
diferenciação entre virtudes intelectuais e virtudes éticas (ou
morais), sendo que o estado ideal é a moderação, o que se encontra
no meio do defeito e do excesso.
Virtude
intelectual é aquela que nasce e progride graças aos resultados da
aprendizagem e da educação, e a virtude moral não é gerada em nós
por natureza, é o resultado do hábito que nos torna capazes de
praticar atos justos.
Para
Aristóteles, não existem virtudes inatas, todas se adquirem pela
repetição dos atos, que gera o costume, e esses atos, para gerarem
as virtudes, não devem desviar-se nem por falta, nem por excesso,
pois a virtude consiste na justa medida, longe dos dois extremos.
Segundo
Platão,
cada segmento da alma deve atuar de acordo com a virtude que lhe
corresponde.
Desta
forma, a ação do homem é determinada.
Fonte
– www.significados.com.br
A
virtude.
Há
alguns anos, conta o escritor Malba Tahan, uma pitoresca aldeia da
Suíça foi destruída pelo fogo.
Em
poucas horas, as lindas casas foram devoradas pelas chamas. Tudo
ficou reduzido a escombros.
Passado
o furor do incêndio, um dos moradores ficou tomado de grande
desespero.
Sua
casa estava por terra, totalmente destruída.
Nada
lhe havia sobrado.
Nem
roupas, nem móveis, sequer algumas paredes.
Tudo
jazia por terra.
Pior,
das suas vacas, que eram o seu sustento, não havia rastro em lugar
algum.
Para
cúmulo da desgraça, o seu filho, de apenas sete anos, estava
desaparecido.
O
pobre homem se pôs a chorar. Nenhuma palavra de conforto o podia
acalmar.
Sentou-se
sobre as ruínas do seu lar e passou toda a noite tristemente.
Quando
surgiu alegre e fagueira a madrugada, os primeiros raios de sol
romperam as trevas e o vieram encontrar ainda ali, sentado,
inconsolável.
Parecia
ter envelhecido dez anos, em apenas uma noite.
Então,
um som bem conhecido o fez erguer a cabeça e olhar na direção de
onde o vento lhe trazia a boa notícia.
Lá
estava ela, vindo pela estrada, a sua vaca favorita.
Atrás
dela, todas as outras e, por fim, seu filho querido.
Correu,
abraçou o menino, entre lágrimas de pura alegria.
Meu
filho,
perguntou, como
você conseguiu escapar do incêndio?
Muito
simples,
falou a criança.
Quando
vi o fogo, tratei logo de reunir as vacas e as levei para o campo,
bem distante, a fim de que nada sofressem.
Você
é um herói,
exclamou o pai.
Claro
que não, afirmou
o garoto.
Herói
é aquele que pratica algum ato de valor.
Eu
levei as vacas para o campo somente porque vi que elas estavam em
perigo.
Sabia
que era a única coisa acertada a fazer.
Assim
agem as pessoas verdadeiramente virtuosas.
Não
alardeiam suas virtudes, mas praticam o bem com desinteresse
completo e inteiro esquecimento de si mesmas.
Deixam-se
guiar por suas inspirações e estão sempre aptas a grandes gestos,
em favor dos demais.
Não
aguardam elogios e a sua é a satisfação de realizarem o melhor.
Os
que assim agem, ignoram mesmo que são virtuosos.
Neles
se encontram as qualidades da verdadeira virtude: são bons,
caritativos, laboriosos, sóbrios, modestos.
Toda
virtude tem seu mérito próprio, ensinam
os Espíritos Superiores, porque
todas indicam progresso na senda do bem.
Há
virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento dos
maus pendores.
A
sublimidade da virtude, porém, está no sacrifício do interesse
pessoal, pelo bem do próximo, sem pensamento oculto.
A
mais meritória de todas elas, é aquela que se baseia na caridade
mais desinteressada.
Fonte
- Momento Espírita, com base em lenda do livro Lendas
do céu e da Terra, de
Malba Tahan, ed. Conquista; no item 893 de O
livro dos Espíritos e
no item 8, do cap. XVII de O
Evangelho Segundo o Espiritismo,
ambos de Allan Kardec, ed. Feb. Em 4.1.2013.
A
virtude da coragem.
Existe
coragem para situações muito variadas.
Coragem
para empreender grandes obras e realizar grandes feitos.
Graças
a ela, o homem vence abismos, estendendo pontes.
Revestido
de coragem, o homem navega os mares e descobre novas terras.
Arrojado,
decidiu vencer a gravidade e se lançou no espaço.
Descobriu
a cor azul do seu pequeno planeta e conquistou a lua, que até
então era somente o encanto dos enamorados.
Sem
medo, concebeu e lançou no espaço sondas e artefatos especiais
para fotografar, analisar outros planetas e astros.
Ansioso
por descobrir outras formas de vida, busca o seio dos mares,
vencendo a profundeza das águas e extasiando-se com a beleza da
vida submarina.
Corajoso,
o homem se lança à pesquisa e descobre, todos os dias, fórmulas
novas para vencer enfermidades que ameaçam a vida.
Coragem
demonstra a mulher que opta pela vida ao se descobrir grávida e
enfrenta todos os preconceitos e dificuldades para gerar e dar à
luz seu filho.
E
há os que têm a coragem de esquecer as ofensas recebidas,
estendendo a mão ao agressor, em novo voto de confiança.
Há
os que sofrem por amor a determinadas criaturas, sem perder a
esperança.
Mães
que carregam no colo filhos deficientes, sempre sorridentes e
dispostas.
Pais
que carregam as chagas da indiferença dos filhos amados.
Sim,
existem muitas formas de coragem.
A
coragem de viver com dignidade, mesmo ouvindo falar das facilidades
nos negócios escusos.
Coragem
de erguer-se com o raiar do sol e enfrentar o dia de lutas
constantes.
Mas,
com certeza a coragem maior é a da criatura aceitar os próprios
erros no caminho que empreende e receber críticas com humildade.
É
preciso muita coragem para reconhecer as próprias deficiências e
se decidir pela mudança salutar.
É
necessário ser muito corajoso para lutar contra o vicio da crítica
destrutiva, da inveja constante, do egoísmo que isola.
É
preciso ser corajoso para fazer tudo o que está ao alcance a fim de
se corrigir, certo de que a jornada de todos os homens não se
encerra com a morte física, nem se restringe às coisas materiais.
É
preciso revestir-se da coragem para se corrigir com paciência, sem
perder o bom ânimo, seguindo sempre em frente.
A
natureza não dá saltos.
Se
hoje você descobrir que tem muitos defeitos, não desanime.
Prossiga
melhorando-se a cada dia.
Não
acredite nas melhoras repentinas, que transformam a criatura de uma
hora para outra.
Acredite
no investimento das horas e invista em si mesmo.
Melhore
seus conhecimentos intelectuais, alargue sua visão de mundo,
informe-se a respeito da vida espiritual.
Munido
de tais tesouros, comece a trabalhar, com coragem, a sua intimidade,
de forma que possa carregar com honra o título de filho de Deus,
que é o Criador perfeito.
Fonte
- Momento Espírita. Em 25.1.2013.
A
virtude da disciplina.
Certas
palavras e expressões às vezes têm seu sentido deturpado ou
reduzido.
Assim
ocorre com a disciplina, frequentemente entendida como submissão a
um agente externo.
O
termo remeteria à ação que sujeita a vontade de outrem.
Por
exemplo, o pai que disciplina seu filho ou o comandante que conduz
suas tropas sob um regime disciplinar severo.
Embora
a disciplina sob o aspecto exterior seja necessária, ela a tal não
se circunscreve.
Na
realidade, é sob o prisma interno que a disciplina revela seu mais
rico potencial.
Trata-se
de uma virtude que viabiliza a aquisição de todas as outras.
Sem
disciplina, não há avanço e transformação moral e intelectual.
A
criatura indisciplinada permanece como sempre foi.
Seus
vícios e debilidades não encontram firme oposição e os mesmos
erros são incessantemente repetidos.
A
disciplina atua no plano da vontade.
Ela
estabelece regras e define como deve ser o comportamento futuro.
O
homem disciplinado diz a si mesmo que deve fazer e se mantém firme
no propósito.
Mesmo
contra seus interesses e tendências naturais, segue o programa de
melhoramento que se impôs como meta.
A
disciplina consiste em uma força interior que permite a alteração
de velhos hábitos.
Não
se trata apenas de decidir ser melhor, mas de colocar em prática o
que se decidiu.
Certamente
há vacilos, mas logo o homem disciplinado retoma seu projeto
inicial.
Ele
não se permite desistir, quando percebe a viabilidade da meta que
elegeu para si.
Todos
os Espíritos, atualmente vinculados à Terra, já passaram por
incontáveis encarnações.
No
longo processo de aprendizado, cometeram muitos equívocos e
desenvolveram maus hábitos.
Certas
tendências do pretérito remoto ainda hoje se fazem presentes nos
homens.
Nos
primórdios da evolução, o Espírito era despido de cogitações
intelectuais e morais mais complexas.
As
preocupações do ser resumiam-se à preservação da vida e à
perpetuação da espécie.
O
tempo não gasto com a satisfação dessas necessidades era dedicado
ao ócio.
Assim,
o gosto excessivo pelo descanso lembra as fases primitivas da
existência imortal.
O
mesmo ocorre com a preocupação desmedida com alimentação e sexo.
Nada
há de errado com a satisfação das necessidades elementares da
vida, em um contexto de dignidade.
O
vício reside no excesso e na fixação do pensamento em atividades
que são meramente instrumentais.
A
destinação do Espírito humano é excelsa.
Compete-lhe
vencer a si mesmo, libertar-se de hábitos primários e preparar-se
para experiências transcendentais do intelecto e do sentimento.
Ocorre
que isso somente é possível com muita disciplina.
Sem
uma vontade firme aplicada na correção do próprio comportamento,
ninguém avança.
Maus
hábitos, como maledicência, gula, preguiça e leviandade sexual,
não somem por si sós.
Eles
devem ser corajosamente enfrentados e subjugados.
O
abandono de vícios é lento e doloroso.
No
princípio, o esforço necessário é hercúleo.
Mas
gradualmente se percebe o peso que representam as más tendências.
Surge
uma sensação de liberdade e de leveza, com a adoção de um padrão
digno de comportamento.
Então,
o que era difícil se torna fácil e prazeroso, pois a disciplina
gera a espontaneidade.
Pense
nisso.
Fonte
- Momento Espírita. Em 15.02.2008.
A virtude é uma qualidade humana que é o desprendimento de si em favor dos outros ou seja é o prazer de se fazer o bem sem esperar reconhecimento; são poucas as pessoas que são virtuosas.
ResponderExcluirHoje em dia é muito difícil se encontrar pessoas virtuosas daquelas que realmente ajudem o próximo com desprendimento e amor; estamos vivendo uma realidade de que as pessoas só olham para o próprio umbigo e no ter e ter sem importar com os meios que vão adquirir seus objetos de desejo; na maioria das vezes esquecendo da própria família; precisamos abrir os olhos para que o orgulho e o egoísmo venha a falar mais alto, deixando assim a solidariedade, fraternidade, caridade, desprendimento e o amor ao próximo em segundo plano ou de lado infelizmente.
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