Acreditar em si mesmo

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segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

O que é, conceito e definição de virtude.




O que é virtude?

Virtude é uma qualidade moral, um atributo positivo de um indivíduo.

Virtude é a disposição de um indivíduo de praticar o bem; e não é apenas uma característica, trata-se de uma verdadeira inclinação, virtudes são todos os hábitos constantes que levam o homem para o caminho do bem.

Há diferentes usos do termo, e existem vários exemplos de virtude, que estão relacionados com a força, paciência, coragem, o poder de agir, a eficácia de um ou a integridade da mente.

Virtude é um conceito que remete para a conduta do ser humano, quando existe uma adaptação perfeita entre os princípios morais e a vontade humana.

virtudes intelectuais, que são ligadas à inteligência e as virtudes morais, que são relacionadas com o bem.

A virtude intelectual consiste na capacidade de aprender com o diálogo e a reflexão em busca do verdadeiro conhecimento.

A virtude moral, por sua vez, é a ação ou comportamento moral, é o hábito que é considerado bom de acordo com a ética.

Em geral, na linguagem cotidiana, a palavra virtude é usada para nomear as qualidades gerais de uma pessoa.

A expressão "em virtude de" significa "visto que", "devido a", "uma vez que", etc.


Virtude na Filosofia

Virtude foi um tema bastante abordado pelo filósofo Aristóteles, que fez a diferenciação entre virtudes intelectuais e virtudes éticas (ou morais), sendo que o estado ideal é a moderação, o que se encontra no meio do defeito e do excesso.

Virtude intelectual é aquela que nasce e progride graças aos resultados da aprendizagem e da educação, e a virtude moral não é gerada em nós por natureza, é o resultado do hábito que nos torna capazes de praticar atos justos.

Para Aristóteles, não existem virtudes inatas, todas se adquirem pela repetição dos atos, que gera o costume, e esses atos, para gerarem as virtudes, não devem desviar-se nem por falta, nem por excesso, pois a virtude consiste na justa medida, longe dos dois extremos.

Segundo Platão, cada segmento da alma deve atuar de acordo com a virtude que lhe corresponde.

Desta forma, a ação do homem é determinada.





A virtude.

Há alguns anos, conta o escritor Malba Tahan, uma pitoresca aldeia da Suíça foi destruída pelo fogo.

Em poucas horas, as lindas casas foram devoradas pelas chamas. Tudo ficou reduzido a escombros.

Passado o furor do incêndio, um dos moradores ficou tomado de grande desespero.

Sua casa estava por terra, totalmente destruída.

Nada lhe havia sobrado.

Nem roupas, nem móveis, sequer algumas paredes.

Tudo jazia por terra.

Pior, das suas vacas, que eram o seu sustento, não havia rastro em lugar algum.

Para cúmulo da desgraça, o seu filho, de apenas sete anos, estava desaparecido.

O pobre homem se pôs a chorar. Nenhuma palavra de conforto o podia acalmar.

Sentou-se sobre as ruínas do seu lar e passou toda a noite tristemente.

Quando surgiu alegre e fagueira a madrugada, os primeiros raios de sol romperam as trevas e o vieram encontrar ainda ali, sentado, inconsolável.

Parecia ter envelhecido dez anos, em apenas uma noite.

Então, um som bem conhecido o fez erguer a cabeça e olhar na direção de onde o vento lhe trazia a boa notícia.

Lá estava ela, vindo pela estrada, a sua vaca favorita.

Atrás dela, todas as outras e, por fim, seu filho querido.

Correu, abraçou o menino, entre lágrimas de pura alegria.

Meu filho, perguntou, como você conseguiu escapar do incêndio?

Muito simples, falou a criança.

Quando vi o fogo, tratei logo de reunir as vacas e as levei para o campo, bem distante, a fim de que nada sofressem.

Você é um herói, exclamou o pai.

Claro que não, afirmou o garoto.

Herói é aquele que pratica algum ato de valor.

Eu levei as vacas para o campo somente porque vi que elas estavam em perigo.

Sabia que era a única coisa acertada a fazer.


Assim agem as pessoas verdadeiramente virtuosas.

Não alardeiam suas virtudes, mas praticam o bem com desinteresse completo e inteiro esquecimento de si mesmas.

Deixam-se guiar por suas inspirações e estão sempre aptas a grandes gestos, em favor dos demais.

Não aguardam elogios e a sua é a satisfação de realizarem o melhor.

Os que assim agem, ignoram mesmo que são virtuosos.

Neles se encontram as qualidades da verdadeira virtude: são bons, caritativos, laboriosos, sóbrios, modestos.


Toda virtude tem seu mérito próprio, ensinam os Espíritos Superiores, porque todas indicam progresso na senda do bem.

Há virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento dos maus pendores.

A sublimidade da virtude, porém, está no sacrifício do interesse pessoal, pelo bem do próximo, sem pensamento oculto.

A mais meritória de todas elas, é aquela que se baseia na caridade mais desinteressada.


Fonte - Momento Espírita, com base em lenda do livro Lendas do céu e da Terra, de Malba Tahan, ed. Conquista; no item 893 de O livro dos Espíritos e no item 8, do cap. XVII de O Evangelho Segundo o Espiritismo, ambos de Allan Kardec, ed. Feb. Em 4.1.2013.




A virtude da coragem.

A coragem é uma virtude.

Existe coragem para situações muito variadas.

Coragem para empreender grandes obras e realizar grandes feitos.

Graças a ela, o homem vence abismos, estendendo pontes.

Revestido de coragem, o homem navega os mares e descobre novas terras.

Arrojado, decidiu vencer a gravidade e se lançou no espaço.

Descobriu a cor azul do seu pequeno planeta e conquistou a lua, que até então era somente o encanto dos enamorados.

Sem medo, concebeu e lançou no espaço sondas e artefatos especiais para fotografar, analisar outros planetas e astros.

Ansioso por descobrir outras formas de vida, busca o seio dos mares, vencendo a profundeza das águas e extasiando-se com a beleza da vida submarina.

Corajoso, o homem se lança à pesquisa e descobre, todos os dias, fórmulas novas para vencer enfermidades que ameaçam a vida.

Coragem demonstra a mulher que opta pela vida ao se descobrir grávida e enfrenta todos os preconceitos e dificuldades para gerar e dar à luz seu filho.

E há os que têm a coragem de esquecer as ofensas recebidas, estendendo a mão ao agressor, em novo voto de confiança.

Há os que sofrem por amor a determinadas criaturas, sem perder a esperança.

Mães que carregam no colo filhos deficientes, sempre sorridentes e dispostas.

Pais que carregam as chagas da indiferença dos filhos amados.

Sim, existem muitas formas de coragem.

A coragem de viver com dignidade, mesmo ouvindo falar das facilidades nos negócios escusos.

Coragem de erguer-se com o raiar do sol e enfrentar o dia de lutas constantes.

Mas, com certeza a coragem maior é a da criatura aceitar os próprios erros no caminho que empreende e receber críticas com humildade.

É preciso muita coragem para reconhecer as próprias deficiências e se decidir pela mudança salutar.

É necessário ser muito corajoso para lutar contra o vicio da crítica destrutiva, da inveja constante, do egoísmo que isola.

É preciso ser corajoso para fazer tudo o que está ao alcance a fim de se corrigir, certo de que a jornada de todos os homens não se encerra com a morte física, nem se restringe às coisas materiais.

É preciso revestir-se da coragem para se corrigir com paciência, sem perder o bom ânimo, seguindo sempre em frente.


A natureza não dá saltos.

Se hoje você descobrir que tem muitos defeitos, não desanime.

Prossiga melhorando-se a cada dia.

Não acredite nas melhoras repentinas, que transformam a criatura de uma hora para outra.

Acredite no investimento das horas e invista em si mesmo.

Melhore seus conhecimentos intelectuais, alargue sua visão de mundo, informe-se a respeito da vida espiritual.

Munido de tais tesouros, comece a trabalhar, com coragem, a sua intimidade, de forma que possa carregar com honra o título de filho de Deus, que é o Criador perfeito.


Fonte - Momento Espírita. Em 25.1.2013.




A virtude da disciplina.

Certas palavras e expressões às vezes têm seu sentido deturpado ou reduzido.

Assim ocorre com a disciplina, frequentemente entendida como submissão a um agente externo.

O termo remeteria à ação que sujeita a vontade de outrem.

Por exemplo, o pai que disciplina seu filho ou o comandante que conduz suas tropas sob um regime disciplinar severo.

Embora a disciplina sob o aspecto exterior seja necessária, ela a tal não se circunscreve.

Na realidade, é sob o prisma interno que a disciplina revela seu mais rico potencial.

Trata-se de uma virtude que viabiliza a aquisição de todas as outras.

Sem disciplina, não há avanço e transformação moral e intelectual.

A criatura indisciplinada permanece como sempre foi.

Seus vícios e debilidades não encontram firme oposição e os mesmos erros são incessantemente repetidos.

A disciplina atua no plano da vontade.

Ela estabelece regras e define como deve ser o comportamento futuro.

O homem disciplinado diz a si mesmo que deve fazer e se mantém firme no propósito.

Mesmo contra seus interesses e tendências naturais, segue o programa de melhoramento que se impôs como meta.

A disciplina consiste em uma força interior que permite a alteração de velhos hábitos.

Não se trata apenas de decidir ser melhor, mas de colocar em prática o que se decidiu.

Certamente há vacilos, mas logo o homem disciplinado retoma seu projeto inicial.

Ele não se permite desistir, quando percebe a viabilidade da meta que elegeu para si.

Todos os Espíritos, atualmente vinculados à Terra, já passaram por incontáveis encarnações.

No longo processo de aprendizado, cometeram muitos equívocos e desenvolveram maus hábitos.

Certas tendências do pretérito remoto ainda hoje se fazem presentes nos homens.

Nos primórdios da evolução, o Espírito era despido de cogitações intelectuais e morais mais complexas.

As preocupações do ser resumiam-se à preservação da vida e à perpetuação da espécie.

O tempo não gasto com a satisfação dessas necessidades era dedicado ao ócio.

Assim, o gosto excessivo pelo descanso lembra as fases primitivas da existência imortal.

O mesmo ocorre com a preocupação desmedida com alimentação e sexo.

Nada há de errado com a satisfação das necessidades elementares da vida, em um contexto de dignidade.

O vício reside no excesso e na fixação do pensamento em atividades que são meramente instrumentais.

A destinação do Espírito humano é excelsa.

Compete-lhe vencer a si mesmo, libertar-se de hábitos primários e preparar-se para experiências transcendentais do intelecto e do sentimento.

Ocorre que isso somente é possível com muita disciplina.

Sem uma vontade firme aplicada na correção do próprio comportamento, ninguém avança.

Maus hábitos, como maledicência, gula, preguiça e leviandade sexual, não somem por si sós.

Eles devem ser corajosamente enfrentados e subjugados.

O abandono de vícios é lento e doloroso.

No princípio, o esforço necessário é hercúleo.

Mas gradualmente se percebe o peso que representam as más tendências.

Surge uma sensação de liberdade e de leveza, com a adoção de um padrão digno de comportamento.

Então, o que era difícil se torna fácil e prazeroso, pois a disciplina gera a espontaneidade.

Pense nisso.


Fonte - Momento Espírita. Em 15.02.2008.













2 comentários:

  1. A virtude é uma qualidade humana que é o desprendimento de si em favor dos outros ou seja é o prazer de se fazer o bem sem esperar reconhecimento; são poucas as pessoas que são virtuosas.

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  2. Hoje em dia é muito difícil se encontrar pessoas virtuosas daquelas que realmente ajudem o próximo com desprendimento e amor; estamos vivendo uma realidade de que as pessoas só olham para o próprio umbigo e no ter e ter sem importar com os meios que vão adquirir seus objetos de desejo; na maioria das vezes esquecendo da própria família; precisamos abrir os olhos para que o orgulho e o egoísmo venha a falar mais alto, deixando assim a solidariedade, fraternidade, caridade, desprendimento e o amor ao próximo em segundo plano ou de lado infelizmente.

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