Receita
para ser feliz.
Os
seres humanos têm buscado, ao longo do tempo, uma fórmula mágica
que lhes permita a posse da felicidade plena.
Todavia,
seja por falta de uma receita eficaz ou de vontade firme para a
conquista almejada, grande parte da Humanidade se debate, presa nas
garras da infelicidade.
Várias
tentativas têm sido improdutivas, já que a felicidade é efêmera e
passageira.
Logo
se vai, deixando em seu lugar a presença desagradável da decepção.
Assim,
interessado em ajudar as criaturas da Terra na sua busca, um Espírito
Benfeitor ditou uma receita simples, descomplicada e eficaz para ser
feliz.
A
receita é a seguinte:
Cada
manhã na face da Terra, é uma página em branco de que dispomos no
livro da vida para fazer os melhores exercícios de elevação e
bondade.
Não
te esqueças de que cada pessoa a cruzar-te o passo na trilha das
horas, é uma oportunidade de construção espiritual.
Seja
qual seja o motivo para desafeto, cultiva compreensão e amizade,
observando que todo favor que possas prestar a benefício de alguém
é uma chave que fabricas para a solução de teus problemas futuros.
Por
mais claras as razões que justifiquem esse ou aquele comentário
infeliz, procura encaixar uma frase edificante no círculo das
palavras rudes que estejam sendo pronunciadas.
Por
muito que um companheiro te haja ofendido, não lhe negues
tolerância.
Abençoa-o
com as tuas preces e gestos de auxílio, na convicção de que estás,
com isso, levantando dispositivos de proteção a ti mesmo.
Na
atividade em que te encontras, fazer mais do que o dever, porquanto o
serviço extra, espontâneo e sem recompensa, em toda situação será
sempre a tua mais alta pregação de virtude.
Repousa
quando necessário, mas não transformes o descanso em ociosidade
vazia.
Começa
de casa a execução dos conselhos salutares que ofereces ao próximo,
aprendendo que é impossível ajudar a Humanidade quando não
saibamos entender e amparar algumas poucas pessoas, entre os limites
da parentela.
Alia
ação e oração, sustentando a felicidade dos outros, como queres
que Deus concretize tua própria felicidade.
E
quando o dia terminar, agradece ao Senhor a ventura de haver
engastado mais uma pérola do tempo em teu colar de realização.
E,
cerrando os olhos para o justo refazimento, guarda por teu maior
prêmio a consciência tranquila, com a invariável disposição de
viver, cada dia, reconhecendo que tudo na vida depende inteiramente
de Deus, mas na certeza de que o trabalho, em tuas mãos, depende
unicamente de ti.
Na
estrada de purificação em que nos encontramos, o discípulo mais
feliz é aquele que se sente defrontado pelas maiores oportunidades
de servir à elevação dos outros, ainda mesmo com absoluto
sacrifício de si próprio à maneira de lâmpada que se consome para
iluminar.
Fonte
- Momento Espírita com base em mensagem do Espírito Emmanuel,
psicografia de Francisco Cândido Xavier e no verbete, Feliz,
do livro Dicionário
da alma,
por Espíritos diversos, psicografia de Francisco Cândido Xavier,
ed. Feb. Em 16.06.2009.
Receita
de bem viver.
Um
dos graves problemas da Humanidade é o desgosto pela vida.
Em
muitas criaturas, nota-se um descaso por esse tesouro.
A
prova cabal é o número crescente de suicídios em todas as camadas
sociais, de ambos os sexos e nas mais variadas idades.
Seria
muito importante se começássemos a olhar para a vida com outros
olhos.
Se
pensássemos, todos os dias, que, apesar das inúmeras dificuldades
que atravessamos, muitos Espíritos desencarnados gostariam de estar
em nosso lugar, aqui, na carne, usufruindo das bênçãos da
existência física.
Melhor
ainda se seguíssemos a extraordinária receita dos bebês, para amar
e viver bem cada minuto desta vida.
Primeiro
- acordar cantando como as aves que saúdam o novo dia sempre em
festa.
Não
vale chorar nem acordar a casa toda.
Segundo
– espreguiçar-se bastante, antes de se levantar da cama.
Normalmente,
acordamos em sobressalto, pulamos da cama e nos envolvemos com as
tarefas, sem ao menos gozar desse prazer de se alongar, esticar,
sentir as pernas, os braços, o corpo todo.
Terceiro
– pegar todo dia o solzinho
da manhã, de preferência acordando mais cedo para uma caminhada sem
pressa.
Uma
caminhada que não vise somente ao exercício recomendado pelo
médico, mas andar e respirar com vagar o ar da manhã que se
espreguiça.
Uma
caminhada onde os nossos olhos se encham com a radiosidade do sol que
desponta e das flores que se abrem, nas praças, lançando perfumes.
Quarto
- mostrar para quem amamos que eles são muito importantes para nós.
Estender
os braços, abraçar, sentir o calor do outro e dizer com todas as
letras:
Bom
dia!
Quinto
- pedir colinho,
sempre que possível.
Quantas
vezes nos sentimos carentes, isolados e não nos encorajamos a pedir
ao nosso amor:
Abrace-me.
Beije-me.
Preciso
de você.
E,
é claro, não esquecer que às vezes, precisamos dar colinho
também.
Sexto
- não se importar com as pessoas que não gostam de criança, de
flor e de nós.
Não
se permitir a mágoa.
Elas
têm o direito de não gostar de nós, o que não quer dizer que não
sejam criaturas boas, úteis a outras tantas pessoas que nos amam.
Sétimo
– fazer primeiro, para receber depois, muito dengo e carinho.
Não
esperar o dia dos namorados, do aniversário, da criança, para
demonstrar atenção.
Todo
dia é um dia especial para se comemorar o amor.
Que
tal hoje?
Oitavo
- dar atenção a todos os que se aproximam de nós, mesmo àqueles a
quem acabamos de conhecer.
Toda
criatura traz em si um potencial positivo que nos cabe descobrir e
cultivar.
Nono
- adorar ouvir o que as pessoas que a gente ama falam e respeitar o
que fazem.
E,
finalmente, sorrir para todos e para a gente mesmo.
Rir
muito, todos os dias, sempre que não tiver um justo motivo para
chorar...
A
vida é um poema de amor e beleza esperando por nós.
É
um patrimônio por demais precioso para ser desprezado, não
importando as circunstâncias ou as dores.
Pense
que a vida que você desfruta é
o hálito do Pai Criador em sua soberana manifestação de amor por
você.
Fonte
- Momento Espírita, com base no texto Receita
do nenê,
de Angela Moura e no verbete Vida,
do
livro Repositório
de sabedoria,
v. 2, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo
Pereira Franco, ed. LEAL. Em 21.8.2013.
Receita
da felicidade.
Nos
primeiros tempos apostólicos, conta-se que, dentre os discípulos,
Tadeu
era dos comentaristas mais inflamados, no culto da Boa Nova.
Certa
feita, na casa de Pedro, ele se entusiasmou na reunião.
Relacionou
os imperativos da felicidade e clamou contra os dominadores de Roma e
contra os rabinos do Sinédrio.
Tocado
de indisfarçável revolta, dissertou longamente sobre a discórdia e
o sofrimento reinantes no povo.
Situou
a causa de tudo isso nas deficiências políticas da época.
Depois
que o discípulo muito falou, Jesus lhe indagou:
Tadeu,
como você interpreta a felicidade?
A
resposta foi:
Senhor,
a felicidade é a paz de todos.
O
Cristo então lhe perguntou como ele se sentiria realmente feliz.
O
Apóstolo inicialmente se sentiu acanhado, mas logo começou a falar.
Disse
que atingiria a tranquilidade se pudesse alcançar a compreensão dos
outros.
Para
isso, desejava que o próximo não lhe desprezasse as intenções
nobres e puras.
Admitia
que, por vezes, errava.
Entretanto,
ficaria contente se os que conviviam com ele lhe reconhecessem o
sincero propósito de acertar.
Respiraria
abençoado júbilo se pudesse confiar nos semelhantes.
Se
deles recebesse a justa consideração de que se sentia credor, em
face da elevação de seu ideal.
Afirmou
suspirar pelo respeito de todos, a fim de poder trabalhar sem
impedimentos.
Ficaria
regozijado se a maledicência o esquecesse.
Vivia
na expectativa da cordialidade alheia.
Pensava
que o mundo seria um paraíso se as pessoas se tratassem de acordo
com o seu anseio honesto de ser acatado pelos demais.
A
indiferença e a calúnia lhe doíam no coração.
Sob
sua ótica, a suspeita e o sarcasmo foram organizados pelo Espírito
das trevas, para tormento geral.
A
impiedade que lhe dirigiam era um genuíno fel.
A
maldade se assemelhava a um fantasma de dor que lhe ia ao encontro.
Em
razão de tudo isso, seria venturoso se os parentes, afeiçoados e
conterrâneos o tratassem melhor.
Se
não o buscassem pelo que aparentava ser, nas imperfeições do
corpo, mas considerassem o conteúdo de boa vontade que conservava na
alma.
Disse
que ficaria satisfeito se lhe concedessem o direito de ser feliz,
conforme os ditames de sua consciência.
Resumindo,
afirmou querer ser compreendido, respeitado e estimado por todos
porque, embora ainda não fosse um modelo de perfeição, lutava para
melhorar.
O
Apóstolo se calou e houve um movimento geral de curiosidade quanto à
opinião do Cristo.
O
Mestre fixou os olhos muito límpidos no discípulo e falou, com
franqueza e doçura:
Tadeu,
você procura a alegria e a felicidade do mundo inteiro.
Então,
proceda para com os outros como deseja que os outros procedam para
com você.
Caminhando
cada homem nessa mesma norma, muito em breve estenderemos na terra as
glórias do paraíso.
Pensemos
nisso.
Fonte
- Momento Espírita, com base no cap.19 do livro Jesus
no lar,
pelo Espírito Neio Lúcio, psicografia de Francisco Cândido Xavier,
ed. Feb. Em 17.11.2012.
Receita
de ano novo.
Há
muitos anos, num pequeno e distante vilarejo, havia um lugar
conhecido como a
Casa dos mil espelhos.
Certo
dia, um senhor muito amável, gentil e risonho tomou conhecimento
dela e, curioso, decidiu visitá-la.
Adentrou
a
Casa dos mil espelhos
e viu-se refletido naquele sem fim de imagens.
Para
sua surpresa, deparou com centenas de olhares gentis sobre si.
Abriu
um enorme sorriso e, assim, foi correspondido com mil enormes
sorrisos.
Ao
sair da casa, pensou:
Que
lugar maravilhoso!
Desejo
voltar aqui várias vezes!
Outro
senhor, que não era tão amável e gentil quanto o primeiro, também
foi conhecer essa casa excepcional.
Ele
raramente sorria, reclamava muito diante das circunstâncias da vida
e sempre que uma oportunidade lhe aparecia, lamentava-se de seus
problemas, tornando-os muito maiores do que realmente eram.
As
outras pessoas não lhe eram importantes e pouco valor dava a elas.
Por
isso, isolava-se e não se preocupava com as dificuldades alheias.
Adentrou
a casa e foi enorme o seu espanto quando contemplou mil olhares
hostis que o fitavam.
A
eles, destinou o semblante carregado, desprezando-os.
Virou-lhes
as costas e deixou a casa, pensando:
Que
lugar horrível! Jamais voltarei aqui!
Um
novo ano se inicia.
É
momento propício para estabelecermos objetivos, traçarmos metas,
renovarmos propósitos.
É
momento ideal para avaliarmos os passos que nos trouxeram ao caminho
que hoje percorremos.
Quantas
são as alegrias, os motivos para estarmos gratos, as razões para
comemorarmos?
Quantos
são os arrependimentos?
Todos
os rostos que diariamente fitamos são espelhos a refletir nossos
sentimentos, nossas perspectivas de vida, nossos valores, crenças e
esperanças.
Por
um instante, prestemos atenção e os contemplemos: o que enxergamos?
Encontramos
sorrisos sinceros, amistosos e fraternos?
Encontramos
rostos amigáveis, gentis e felizes?
Ou,
pelo contrário, deparamo-nos com a tristeza, a melancolia, a
indiferença?
No
ano que desponta, muitos outros espelhos iremos contemplar.
Que
imagens veremos neles?
Em
meio a tantas possibilidades, uma certeza: se sorrirmos, veremos
sorrisos.
Portanto,
que nossa maior meta para o ano nascente seja sorrir, com os lábios
e com o Espírito.
Sorrisos
de caridade, de bondade, de gentileza, de compreensão, de humildade.
Sorrisos
de acolhimento, de dedicação, de esforço, de disciplina, de
generosidade, de fé, de gratidão.
Sorrisos
de amor!
Um
ano só é realmente novo quando nos renovamos, tornando-nos novos
também.
Recordemos
as palavras do poeta:
Para
ganhar um ano novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de
merecê-lo, tem de fazê-lo novo.
Eu
sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente.
É
dentro de você que o ano novo cochila e espera desde sempre.
Pensemos
nisso!
Feliz
Ano Novo!
Fonte
- Momento Espírita, com base em conto de autoria ignorada e com
citação final do poema Receita
de Ano Novo,
do livro homônimo de Carlos Drummond de Andrade, ed. Companhia das
Letras. Em 30.12.2017.
A melhor receita para um novo ano é aquela de que consigamos a cada anos que se passa nos tornarmos melhores do que o ano que se foi tanto moralmente, espiritualmente e intelectualmente; procurando aprender com os nossos erros e não os cometemos novamente e assim de acerto em acerto nos tornarmos seres humanos melhores; contribuindo para o progresso e a evolução do nosso planeta; é só cada um fazer o melhor possível a sua parte.
ResponderExcluirTodos quando chega o fim de ano e o começo de um ano novo temos o costume de fazer inúmeros planos mas no decorrer do ano vamos deixando de lado nossas metas e objetivos e ao fim deste não cumprimos nem 1/4 do que nos comprometemos; na minha opinião o melhor meio de se começar o novo ano é não se comprometer e nem elaborar muitos planos e metas para se atingir, mas, sim deixar as coisas acontecerem normalmente no passar do dia a dia e mês a mês e ao chegar o fim do ano ver o que conquistamos através de um balanço dos nossos feitos no decorrer do ano considerando os prós e contras e assim saber qual foi o saldo positivo do ano.
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