Milagre!
Ah não, é só tecnologia...
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Cadeira
de rodas manual Stand Up.
Meu
Deus, o cadeirante ficou de pé!!
Há
muito tempo isto não é impossível, nem é novidade.
Desde
seis meses após a minha lesão que eu fico de pé utilizando
órteses.
A
primeira vez que fiquei de pé após a lesão foi em uma maquina de
ortostatismo, no Hospital Sarah.
E
foi o primeiro momento constrangedor que passei.
A
maquina e composta de uma plataforma que se parece com um púlpito,
que a gente se aproxima de frente, prende os joelhos e é passado uma
faixa sob o quadril.
Aí
é só ligar a máquina e ela puxa a faixa e vai te deixando de pé.
A
única dificuldade é passar a faixa por trás do quadril, temos que
elevar o corpo para possibilitar que seja colocada atrás.
Muito
prático e simples de operar, assim que mas nesta época eu não
tinha sensibilidade nem controle das necessidades básicas.
Assim
que a máquina puxa toda a faixa, ela pressiona o quadril e a barriga
contra a plataforma, para estabilizar o corpo.
Ao
acabar o processo, foi só apertar minha barriga para as necessidades
básicas funcionarem.
E
algumas "bolinhas" apareceram atrás de mim...
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Cadeirante
geralmente depende de alguém quando precisa pegar alguma coisa
no alto
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Depois
dessa vergonha, o pessoal do Sarah confeccionou para mim um par de
órteses de plástico, no formato das minhas pernas.
Com
elas, eu conseguia ficar de pé usando qualquer bancada, janela ou
apoio firme, basta colocar as órteses e puxar o corpo para cima.
Passei
a fazer fisioterapia em casa, e usando a cabeceira da cama como
apoio, ficava de pé três vezes por semana em casa.
Algum
tempo depois, iniciei a fisioterapia na clínica, e ficava de pé
usando aquelas barras em forma de escada que ficam perto da parede.
E
depois quando iniciei a hidroterapia, ficou tudo mais fácil pois
ficar de pé na piscina é bem melhor pois o peso do corpo diminui na
água.
Além
disso não dá aquelas tonteiras que a gente sente quando fica de pé
no solo.
Com
a cadeira Stand Up, isso acabou!
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Como
minhas órteses ficavam na Aquafisio BH, onde faço hidro, eu acabava
não ficando mais em casa.
Até
que descobri uma forma mais simples e parecida com a máquina do
Sarah, a cadeira Stand Up, que usa um sistema elétrico para levantar
o assento e encosto da cadeira até a posição de pé - ou melhor,
quase totalmente de pé, pois é preciso ficar em um ângulo menor
que noventa graus para não virar para a frente.
A
primeira que vi foi na Reatech em 2009, motorizada, que permite
inclusive que o cadeirante rode de pé.
É
bem interessante, vi um cara rodando com ela na posição vertical e
achei uma coisa de outro mundo.
A
solução para frequentar festas, onde a maioria geralmente conversa
de pé, e a gente que é cadeirante fica tentando entrar no papo
esticando o pescoço.
Só
que fui ver o preço do equipamento e quase cai para trás, na época
era mais de quatorze mil reais (hoje já passa de 15 mil).
Como
não era tão útil nem viável, deixei para lá.
Até
que em 2014 descobri que há um modelo mais em conta (nem tanto,
afinal custa em torno de 6 mil), a Stand Up manual.
É
uma cadeira comum, com aros para tocar nas rodas, porém tem o
sistema que deixa o cadeirante de pé.
Alguns
meses depois um amigo meu, o Cristiano, comprou uma, e fiz uma
matéria
aqui no blog sobre ela.
O
tempo passou, e acabei fazendo outra órtese para ficar em pé em
casa.
Assim
não ficaria muito tempo sem ficar de pé, pois estava indo à
hidroterapia apenas uma vez por semana.
Da
posição sentado para de pé em poucos segundos
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Porém,
um belo dia, navegando pelo Facebook, vi que um cadeirante do estado
de São Paulo estava vendendo uma cadeira Stand Up manual usada, por
pouco mais de dois mil reais.
Entrei
em contato, combinamos o frete e fechei o negócio.
Em
uma semana ela chegou para mim.
Tive
um pouco de receio por estar comprando usada, mas por sorte ela
estava realmente em bom estado, tudo funcionando direitinho, exceto
pela bateria, que precisei trocar, mas o vendedor arcou com este
custo.
Comecei
a usar a cadeira e ela faz o que promete, coloca o cadeirante de pé.
Como
disse antes, não é totalmente vertical, a gente fica um pouco para
trás, mas não atrapalha em nada.
O
importante ela faz, descarga de peso sobre as pernas, e permite
alcançar qualquer coisa que esteja no alto - no meu caso é qualquer
coisa mesmo, pois tenho 1,95m.
Com
ela consigo alcançar malas na parte de cima do armário, qualquer
coisa que esteja em uma prateleira alta, copos e panelas que são
guardados no alto, e até trocar lâmpada eu consegui trocar!
Se
vale a pena gastar quase seis mil reais só para ficar de pé e
alcançar alguns lugares?
Sim,
vale.
Se
tiver este dinheiro sobrando, vale a pena sim, pois não é só para
alcançar, ela é importante para a saúde, pois com o tempo os ossos
vão enfraquecendo, e ficar de pé mantêm os ossos mais íntegros,
fazendo a descarga de peso sobre eles.
Porém
não é só comprar e ficar de pé, é preciso consultar com
fisioterapeuta e ortopedista para verificar se você pode ficar de
pé, um destes profissionais irá solicitar um exame de densitometria
óssea, que irá verificar a força que tem nos ossos.
Se
está há anos na cadeira sem ficar de pé, corre o risco de já
estar com os ossos fracos e pode ser perigoso ficar de pé assim.
Fonte
– blogsocadeirante.com.br
Comentário:
Eu
estava navegando pela internet atrás de uma matéria para o blog
quando me deparei com essa matéria e assim resolvi publicar para
compartilhar com vocês.
A
solidão da pessoa com deficiência
*por
Dayana Beatriz
Quero
falar um pouco sobre a solidão da pessoa com deficiência.
A
deficiência, seja ela física, mental ou intelectual podem ser
fatores que afasta o indivíduo dos modelos padrões estéticos,
tornando assim tudo mais difícil.
Estamos
acostumados com a falta de acessibilidade, mas as dificuldades de
convívio serão sempre maiores de se superar.
Vez
ou outra aparecem aquelas pessoas que nos dizem:
“Que
bom que você saiu de casa!”,
“Nossa,
não sei como você aguenta” (já nem ligo mais kkkkkkk), e somos
vistos como exemplo de superação, quando só estamos querendo se
distrair, divertir…
Na
realidade é bem chato ficar ouvindo isso!
Quando
é assim há deficientes que preferem não sair de casa, preferindo
ficar no seu mundo virtual aonde “todos são aceitos”, “todo
mundo é bonzinho”, e acabam se isolando do convívio social.
A
mesma coisa acontece quando há um casal onde um deles é cadeirante,
o que é andante se torna herói por conviver com essa pessoa, é
muito amável, bonzinho, e com os olhares de fora são pregados
rótulos sobre o casal.
Diante
de tantas situações preconceituosas tem que se ter muito amor
próprio para não desanimar.
Acreditar
que você é capaz, tem suas qualidades, investir nelas e não dar
ouvidos a essas baboseiras que nos falam rsrs.
As
pessoas sem deficiência também devem deixar seus preconceitos de
lado e tentar ver que no deficiente há muito mais do se vê na
aparência, encontrando uma pessoa bacana, garanto que você pode se
surpreender!
E
digo mais, se isso não acontecer, não desanime.
“Estar
junto de alguém é bom, mas estar bem consigo mesmo é delicioso”.
Fonte
– blogdocadeirante.com.br
Pureza
A
pureza é uma virtude muito difícil de compreender.
Segundo
o dicionário, puro é o que é limpo, intocado, sem manchas ou
máculas.
Nesse
sentido, pureza seria o estado de quem nunca foi tocado pelo mal, em
qualquer de suas formas.
A
pureza teria de ser preservada desde a origem, pois qualquer mácula
implicaria a sua perda.
Em
termos humanos, todos nasceriam puros e assim permaneceriam até que
cometessem a primeira falta.
Em
tal acepção, o estado de pureza estaria para sempre perdido e fora
do alcance da imensa maioria dos homens.
Entretanto,
Jesus afirmou a bem-aventurança dos puros de coração.
Não
é possível que a felicidade dos bem-aventurados seja restrita a uma
ínfima minoria, pois o Cristo também disse que nenhuma de suas
ovelhas se perderia.
Assim,
o sentido da palavra pureza não pode se restringir à condição de
alguém que nunca foi tocado pelo mal.
O
Espiritismo esclarece que todos os Espíritos são criados por Deus,
simples e ignorantes.
Gradualmente,
à custa de suas experiências, eles desenvolvem os tesouros
intelectuais e morais cujo princípio trazem no íntimo.
São
dotados de livre-arbítrio, a fim de que optem pelos caminhos que
lhes pareçam os melhores.
Por
vezes erram, em sua ignorância, mas os erros são apenas tropeços
momentâneos na caminhada para a angelitude.
Por
conta da lei de harmonia e justiça que rege o Universo, todo
equívoco deve ser reparado.
Tem-se
aí a liberdade com sua natural contraparte, a responsabilidade.
O
erro é inerente ao processo de aprendizado.
A
perfeição é atributo dos anjos.
Após
incontáveis encarnações, os Espíritos desenvolvem todos os seus
potenciais e se tornam infinitamente sábios e amorosos.
É
quando se tornam puros, pois livres de todos os vícios, não mais
sujeitos a erros e intrinsecamente bondosos.
A
perfeita pureza não é algo com que se nasce e pode ser perdido ao
menor deslize.
Trata-se
de um estado de consciência a ser construído ao longo de muitas
experiências.
Puro
não é o ignorante da realidade da vida, mas o que muito conhece e
opta pelo bem, pelo belo, pelo justo.
A
pessoa impura vê o mal em toda parte e tem prazer nele.
Como
exemplo é o caso de quem observa a conduta alheia sempre disposto a
ver e alardear corrupção e leviandade.
O
severo censor do próximo muitas vezes apenas afeta uma pureza que
não possui.
Intensamente
desejoso de fazer algumas coisas que reputa indignas, critica com
violência quem as realiza.
A
luta por vencer os próprios vícios é dura e meritória.
Ninguém
advogará que a criatura viva o que considera errado.
Apenas
é necessário dar um passo além e se desvencilhar emocionalmente do
equívoco, para não mais gastar tempo na crítica gratuita à
conduta alheia.
Como
não é ignorante, a pessoa pura identifica o mal onde realmente
existe.
Ela
percebe e lamenta a desonestidade, o egoísmo, a perversão e a
crueldade, mas não os valoriza.
A
pureza é algo a ser conquistado.
Viver
puramente é uma opção que se faz.
Essa
vivência implica luta e esforço, pois pressupõe abandonar maus
hábitos e vencer paixões.
Maria
de Magdala é oportuno exemplo de pureza conquistada.
Embora
os grandes equívocos de seu passado, após conhecer Jesus passou a
cultivar a pureza em sua vida.
Trata-se
de um eloquente símbolo da vitória da razão e da vontade sobre a
paixão e os vícios.
Assim,
tornar-se puro é possível, basta querer.
Pense
nisso.
Fonte
-Momento Espírita.Em 10.1.2018.
Achei esta cadeira sensacional e funcional, mas esse tipo de cadeira não é acessível a todas as pessoas apenas acessível para pessoas de alto padrão financeiro; uns equipamentos como este que beneficia o cadeirante deveria merecer mais atenção do poder público dando condições mais acessíveis a todas as pessoas, porque não se trata de estética mais sim de um bem estar para o cadeirante; porque não criar incentivos para que estas sejam mais baratas e de fácil aquisição de todos.
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