Acreditar em si mesmo

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quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Cadeira de rodas manual Stand Up.

Milagre! Ah não, é só tecnologia...

Cadeira de rodas manual Stand Up.


Meu Deus, o cadeirante ficou de pé!!

Há muito tempo isto não é impossível, nem é novidade.

Desde seis meses após a minha lesão que eu fico de pé utilizando órteses.

A primeira vez que fiquei de pé após a lesão foi em uma maquina de ortostatismo, no Hospital Sarah.

E foi o primeiro momento constrangedor que passei.

A maquina e composta de uma plataforma que se parece com um púlpito, que a gente se aproxima de frente, prende os joelhos e é passado uma faixa sob o quadril.

Aí é só ligar a máquina e ela puxa a faixa e vai te deixando de pé.

A única dificuldade é passar a faixa por trás do quadril, temos que elevar o corpo para possibilitar que seja colocada atrás.

Muito prático e simples de operar, assim que mas nesta época eu não tinha sensibilidade nem controle das necessidades básicas.

Assim que a máquina puxa toda a faixa, ela pressiona o quadril e a barriga contra a plataforma, para estabilizar o corpo.

Ao acabar o processo, foi só apertar minha barriga para as necessidades básicas funcionarem.

E algumas "bolinhas" apareceram atrás de mim...



Cadeirante geralmente depende de alguém quando precisa pegar alguma coisa no alto

Depois dessa vergonha, o pessoal do Sarah confeccionou para mim um par de órteses de plástico, no formato das minhas pernas.

Com elas, eu conseguia ficar de pé usando qualquer bancada, janela ou apoio firme, basta colocar as órteses e puxar o corpo para cima.

Passei a fazer fisioterapia em casa, e usando a cabeceira da cama como apoio, ficava de pé três vezes por semana em casa.

Algum tempo depois, iniciei a fisioterapia na clínica, e ficava de pé usando aquelas barras em forma de escada que ficam perto da parede.

E depois quando iniciei a hidroterapia, ficou tudo mais fácil pois ficar de pé na piscina é bem melhor pois o peso do corpo diminui na água.

Além disso não dá aquelas tonteiras que a gente sente quando fica de pé no solo.


Com a cadeira Stand Up, isso acabou!

Como minhas órteses ficavam na Aquafisio BH, onde faço hidro, eu acabava não ficando mais em casa.

Até que descobri uma forma mais simples e parecida com a máquina do Sarah, a cadeira Stand Up, que usa um sistema elétrico para levantar o assento e encosto da cadeira até a posição de pé - ou melhor, quase totalmente de pé, pois é preciso ficar em um ângulo menor que noventa graus para não virar para a frente.

A primeira que vi foi na Reatech em 2009, motorizada, que permite inclusive que o cadeirante rode de pé.

É bem interessante, vi um cara rodando com ela na posição vertical e achei uma coisa de outro mundo.

A solução para frequentar festas, onde a maioria geralmente conversa de pé, e a gente que é cadeirante fica tentando entrar no papo esticando o pescoço.

Só que fui ver o preço do equipamento e quase cai para trás, na época era mais de quatorze mil reais (hoje já passa de 15 mil).

Como não era tão útil nem viável, deixei para lá.

Até que em 2014 descobri que há um modelo mais em conta (nem tanto, afinal custa em torno de 6 mil), a Stand Up manual.

É uma cadeira comum, com aros para tocar nas rodas, porém tem o sistema que deixa o cadeirante de pé.

Alguns meses depois um amigo meu, o Cristiano, comprou uma, e fiz uma matéria aqui no blog sobre ela.

O tempo passou, e acabei fazendo outra órtese para ficar em pé em casa.

Assim não ficaria muito tempo sem ficar de pé, pois estava indo à hidroterapia apenas uma vez por semana.


Da posição sentado para de pé em poucos segundos

Porém, um belo dia, navegando pelo Facebook, vi que um cadeirante do estado de São Paulo estava vendendo uma cadeira Stand Up manual usada, por pouco mais de dois mil reais.

Entrei em contato, combinamos o frete e fechei o negócio.

Em uma semana ela chegou para mim.

Tive um pouco de receio por estar comprando usada, mas por sorte ela estava realmente em bom estado, tudo funcionando direitinho, exceto pela bateria, que precisei trocar, mas o vendedor arcou com este custo.

Comecei a usar a cadeira e ela faz o que promete, coloca o cadeirante de pé.

Como disse antes, não é totalmente vertical, a gente fica um pouco para trás, mas não atrapalha em nada.

O importante ela faz, descarga de peso sobre as pernas, e permite alcançar qualquer coisa que esteja no alto - no meu caso é qualquer coisa mesmo, pois tenho 1,95m.

Com ela consigo alcançar malas na parte de cima do armário, qualquer coisa que esteja em uma prateleira alta, copos e panelas que são guardados no alto, e até trocar lâmpada eu consegui trocar!

Se vale a pena gastar quase seis mil reais só para ficar de pé e alcançar alguns lugares?

Sim, vale.

Se tiver este dinheiro sobrando, vale a pena sim, pois não é só para alcançar, ela é importante para a saúde, pois com o tempo os ossos vão enfraquecendo, e ficar de pé mantêm os ossos mais íntegros, fazendo a descarga de peso sobre eles.

Porém não é só comprar e ficar de pé, é preciso consultar com fisioterapeuta e ortopedista para verificar se você pode ficar de pé, um destes profissionais irá solicitar um exame de densitometria óssea, que irá verificar a força que tem nos ossos.

Se está há anos na cadeira sem ficar de pé, corre o risco de já estar com os ossos fracos e pode ser perigoso ficar de pé assim.

Fonte – blogsocadeirante.com.br



Comentário:

Eu estava navegando pela internet atrás de uma matéria para o blog quando me deparei com essa matéria e assim resolvi publicar para compartilhar com vocês.




A solidão da pessoa com deficiência

*por Dayana Beatriz


Quero falar um pouco sobre a solidão da pessoa com deficiência.

A deficiência, seja ela física, mental ou intelectual podem ser fatores que afasta o indivíduo dos modelos padrões estéticos, tornando assim tudo mais difícil.

Estamos acostumados com a falta de acessibilidade, mas as dificuldades de convívio serão sempre maiores de se superar.

Vez ou outra aparecem aquelas pessoas que nos dizem:

Que bom que você saiu de casa!”,

Nossa, não sei como você aguenta” (já nem ligo mais kkkkkkk), e somos vistos como exemplo de superação, quando só estamos querendo se distrair, divertir…

Na realidade é bem chato ficar ouvindo isso!

Quando é assim há deficientes que preferem não sair de casa, preferindo ficar no seu mundo virtual aonde “todos são aceitos”, “todo mundo é bonzinho”, e acabam se isolando do convívio social. 

A mesma coisa acontece quando há um casal onde um deles é cadeirante, o que é andante se torna herói por conviver com essa pessoa, é muito amável, bonzinho, e com os olhares de fora são pregados rótulos sobre o casal. 

Diante de tantas situações preconceituosas tem que se ter muito amor próprio para não desanimar.

Acreditar que você é capaz, tem suas qualidades, investir nelas e não dar ouvidos a essas baboseiras que nos falam rsrs.

As pessoas sem deficiência também devem deixar seus preconceitos de lado e tentar ver que no deficiente há muito mais do se vê na aparência, encontrando uma pessoa bacana, garanto que você pode se surpreender!

E digo mais, se isso não acontecer, não desanime. 

Estar junto de alguém é bom, mas estar bem consigo mesmo é delicioso”.

Fonte – blogdocadeirante.com.br



Pureza


A pureza é uma virtude muito difícil de compreender.

Segundo o dicionário, puro é o que é limpo, intocado, sem manchas ou máculas.

Nesse sentido, pureza seria o estado de quem nunca foi tocado pelo mal, em qualquer de suas formas.

A pureza teria de ser preservada desde a origem, pois qualquer mácula implicaria a sua perda.

Em termos humanos, todos nasceriam puros e assim permaneceriam até que cometessem a primeira falta.

Em tal acepção, o estado de pureza estaria para sempre perdido e fora do alcance da imensa maioria dos homens.

Entretanto, Jesus afirmou a bem-aventurança dos puros de coração.

Não é possível que a felicidade dos bem-aventurados seja restrita a uma ínfima minoria, pois o Cristo também disse que nenhuma de suas ovelhas se perderia.

Assim, o sentido da palavra pureza não pode se restringir à condição de alguém que nunca foi tocado pelo mal.


O Espiritismo esclarece que todos os Espíritos são criados por Deus, simples e ignorantes.

Gradualmente, à custa de suas experiências, eles desenvolvem os tesouros intelectuais e morais cujo princípio trazem no íntimo.

São dotados de livre-arbítrio, a fim de que optem pelos caminhos que lhes pareçam os melhores.

Por vezes erram, em sua ignorância, mas os erros são apenas tropeços momentâneos na caminhada para a angelitude.

Por conta da lei de harmonia e justiça que rege o Universo, todo equívoco deve ser reparado.

Tem-se aí a liberdade com sua natural contraparte, a responsabilidade.

O erro é inerente ao processo de aprendizado.

A perfeição é atributo dos anjos.

Após incontáveis encarnações, os Espíritos desenvolvem todos os seus potenciais e se tornam infinitamente sábios e amorosos.

É quando se tornam puros, pois livres de todos os vícios, não mais sujeitos a erros e intrinsecamente bondosos.


A perfeita pureza não é algo com que se nasce e pode ser perdido ao menor deslize.

Trata-se de um estado de consciência a ser construído ao longo de muitas experiências.

Puro não é o ignorante da realidade da vida, mas o que muito conhece e opta pelo bem, pelo belo, pelo justo.

A pessoa impura vê o mal em toda parte e tem prazer nele.

Como exemplo é o caso de quem observa a conduta alheia sempre disposto a ver e alardear corrupção e leviandade.

O severo censor do próximo muitas vezes apenas afeta uma pureza que não possui.

Intensamente desejoso de fazer algumas coisas que reputa indignas, critica com violência quem as realiza.

A luta por vencer os próprios vícios é dura e meritória.

Ninguém advogará que a criatura viva o que considera errado.

Apenas é necessário dar um passo além e se desvencilhar emocionalmente do equívoco, para não mais gastar tempo na crítica gratuita à conduta alheia.

Como não é ignorante, a pessoa pura identifica o mal onde realmente existe.

Ela percebe e lamenta a desonestidade, o egoísmo, a perversão e a crueldade, mas não os valoriza.

A pureza é algo a ser conquistado.

Viver puramente é uma opção que se faz.

Essa vivência implica luta e esforço, pois pressupõe abandonar maus hábitos e vencer paixões.

Maria de Magdala é oportuno exemplo de pureza conquistada.

Embora os grandes equívocos de seu passado, após conhecer Jesus passou a cultivar a pureza em sua vida.

Trata-se de um eloquente símbolo da vitória da razão e da vontade sobre a paixão e os vícios.

Assim, tornar-se puro é possível, basta querer.

Pense nisso.

Fonte -Momento Espírita.Em 10.1.2018.











Um comentário:

  1. Achei esta cadeira sensacional e funcional, mas esse tipo de cadeira não é acessível a todas as pessoas apenas acessível para pessoas de alto padrão financeiro; uns equipamentos como este que beneficia o cadeirante deveria merecer mais atenção do poder público dando condições mais acessíveis a todas as pessoas, porque não se trata de estética mais sim de um bem estar para o cadeirante; porque não criar incentivos para que estas sejam mais baratas e de fácil aquisição de todos.

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