Resignação
é o mesmo que aceitação, uma condição
de estar submisso ao desejo e vontade de outra pessoa
ou da ação do destino.
O
estado de resignação é compreendido como a ação de aceitar
voluntariamente e pacificamente uma condição imposta por parte de
alguém ou algo, mesmo que o indivíduo
resignado
não concorde com esta.
O
sentimento de conformismo é uma das principais características da
pessoa resignada, que não luta por alternativas para alterar a
situação presente, resumindo-se apenas em concordar com ela.
No
âmbito jurídico, a resignação é entendida como a desistência
voluntária a um cargo.
Resignado
é um adjetivo que caracteriza o
indivíduo que aceita pacificamente algo,
sem se opor, queixar ou demonstrar qualquer tipo de resistência a
determinada situação imposta.
A
pessoa resignada é dada como conformada, pois não luta contra as
adversidades que possam estar a dificultar a sua vida.
Aliás,
é comum se referir a alguém como resignado quando este aparenta
suportar um mal sem se revoltar, agindo de modo conformista em
relação a sua situação.
Exemplo:
“O
rapaz se mostrou resignado com a morte do pai”.
O
ato de resignar corresponde a ação de se despedir ou abdicar de
determinada coisa por livre espontânea vontade, assim como a
demonstração de tolerância, paciência e submissão em relação
ao comando, ordem ou desejo de outrem.
Assim,
a pessoa resignada age com resignação.
No
âmbito jurídico e administrativo, chama-se de cargo
resignado
aquele que foi renunciado voluntariamente por alguém.
Resignação
e Resiliência
Do
ponto de vista religioso e espiritual, a resignação e a resiliência
são dois conceitos distintos que aparecem relacionados entre si.
Como
visto, a resignação consiste na ideia da aceitação de modo
conformado.
Por
outro lado, a resiliência significa a ação
de mudar ou transformar algo,
de acordo com a vontade do indivíduo.
No
ramo da psicologia, por exemplo, a resiliência é interpretada como
a capacidade
da pessoa de lidar com seus próprios problemas,
ultrapassando obstáculos e adversidades que possam surgir.
Muitas
doutrinas espíritas e religiosas afirmam que o indivíduo deve
apresentar a união da resignação e da resiliência para atingir a
evolução espiritual, sendo uma responsável por suportar os
momentos difíceis que todas as pessoas enfrentam na vida, e a outra
o estimulo para nunca perder a fé e a esperança de um futuro
melhor.
Fonte
– significados.com
Resignação.
Há
virtudes difíceis de serem adquiridas e cujo exercício é pouco
compreendido.
A
resignação é uma delas.
As
criaturas levianas nem a veem como algo apreciável.
Presas
em suas ilusões, consideram a resignação apenas falta de forças
ou de coragem.
Entendem
que o homem sempre deve reagir violentamente contra qualquer
circunstância que contrarie seus interesses.
Pensam
ser indigno aceitar com tranquilidade um revés.
Contudo,
urge reconhecer que nem sempre é possível obter-se o que se deseja.
Muitas
vezes, nossos sonhos mais caros não se concretizam.
Ou
então nossa tranquilidade, tão duramente conquistada, é atingida
por um infortúnio.
Há
dificuldades ou contrariedades que podemos vencer mas, algumas vezes,
a vida responde a nossos apelos com sombra e dor.
Nessas
circunstâncias, alguns encontram em seu íntimo forças para se
resignar.
Em
face de situações constrangedoras, dolorosas e inalteráveis, a
resignação é uma atitude que apenas os bravos conseguem adotar.
Trata-se
da aquiescência da razão e do coração com um regime severo
imposto pela vida.
O
resignado não é um covarde, mas alguém que compreende a finalidade
da existência terrena.
O
homem nasce na Terra para evoluir, para vencer a si mesmo e amealhar
virtudes.
Justamente
por isso, as dificuldades se apresentam em seu caminho.
Algumas
são contornáveis e outras não.
Às
vezes, somente poderíamos sair de uma situação triste,
prejudicando ou magoando o semelhante.
Como
ninguém conquista a própria felicidade semeando desgraças, essa
opção não é legítima.
Frente
a um infortúnio inevitável, é necessário acomodar a própria
vontade.
Impõe-se
a consideração de que Deus rege o Universo e jamais se equivoca ou
esquece de algo.
Já
nascemos inúmeras vezes e renasceremos outras tantas.
A
vida é uma escola, na qual passamos da ignorância e da barbárie à
angelitude.
Conscientes
de nosso papel de aprendizes, convém nos dedicarmos a fazer a lição
do momento.
Talvez
ela não seja a que desejaríamos, mas certamente é a mais adequada
às nossas necessidades.
Se
a vida nos reclama serenidade em face da dor, aquiesçamos.
A
rebeldia de nada nos adiantará.
A
criatura rebelde perante as Leis Divinas apenas torna seu aprendizado
lento e doloroso.
Rapidamente
ela se torna cansativa para seus familiares e amigos.
Ao
fazer sentir por toda parte o peso de seu amargor, infelicita os que
a amam.
Resignar-se
não significa desistir da luta. Implica apenas reconhecer que a luta
interiorizou-se.
Quem
se resigna enobrece lentamente seu íntimo, ao desenvolver novos
propósitos de vida.
Tais
propósitos não se resumem a um viver róseo.
Eles
envolvem a percepção e a aceitação de que temos um papel a
desempenhar na construção de um mundo melhor.
Esse
papel pode não coincidir com nossas fantasias.
Mas
é uma bênção ser um elemento do progresso, mesmo com algum
sacrifício.
Outras
pessoas, mirando-se em nosso exemplo, podem encontrar forças para
seguir em frente.
A
resignação é uma conquista do Espírito que vence suas paixões e
atinge a maturidade.
Ele
consegue manter a alegria e o otimismo, mesmo em condições
adversas.
Ao
enfrentar com tranquila dignidade seus infortúnios, prepara-se para
um amanhã venturoso.
Fonte
- Momento Espírita, com base no cap. 24 do livro
Leis morais da vida, pelo
Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco,
ed. Leal. Em 10.09.2012.
Resignação
consentimento do coração.
Não
me conformo.
Não
posso aceitar.
Deus
não podia ter feito isso comigo.
Estas
são frases que se podem ouvir muitas vezes.
São
criaturas que travam uma guerra particular com Deus.
Acreditam-se
diferentes.
Por
isso mesmo, as coisas ruins não as deveriam atingir.
Nada
desagradável.
Ao
lado delas existem outras que dão mostras de grande resignação.
É
o caso da atriz Sarah Bernhardt.
Ela
foi vítima de uma queda, durante um espetáculo, no Rio de Janeiro.
Fato
que viria alterar profundamente o ritmo de sua vida.
É
que, no último ato da peça, a atriz deveria se atirar do alto de um
parapeito.
Apesar
dos seus sessenta anos, ela vinha desempenhando a tarefa com grande
facilidade.
Ocorre
que, do lado de fora do cenário, grossos colchões eram colocados.
Ela
sempre caía em local bem macio, sem nenhum problema para sua
integridade fisica.
Porém,
aconteceu um imprevisto.
O
contrarregra achou esquisito aqueles colchões empilhados.
Logo,
na noite do espetácul, não vacilou em tirá-los.
Na
hora culminante, a atriz jogou-se, certa que tudo estava bem.
Tombou
violentamente sobre a dureza do assoalho.
Caiu
sobre o joelho direito e não teve condições de voltar ao palco.
Embarcou
para a França.
A
viagem marítima durou vários dias.
Pensou
ela que nada mais grave lhe aconteceria.
No
entanto, nunca se recuperou.
Nove
anos depois, teve amputada a perna.
As
palavras dela foram:
Deus
sabe o que está fazendo.
Aceitou
a situação.
Com
um detalhe: não poderia viver longe do palco.
Todos
compreenderam.
Continuou
representando, sentada numa cadeira de rodas, peças de um ato,
escritas especialmente para ela.
À
semelhança dela, encontramos criaturas que perderam haveres, afetos
e se dispõem a prosseguir lutando.
Por
detrás do véu de lágrimas, recompõem o semblante e vivem.
Pessoas
que tiveram membros amputados e se readaptaram à nova realidade, com
um sorriso de esperança nos lábios.
Pessoas
que perderam amores e passam a dar seu amor a desconhecidos.
Crianças
ou idosos, que adotam em regime total ou parcial.
Quantos
de nós estamos revoltados por coisas mínimas: porque choveu e
estragou nosso passeio de final de semana.
Porque
se esperava aumento de salário e ele foi protelado para o mês
próximo, talvez.
A
festa gorou.
O
amigo não telefonou.
O
namoro acabou.
Hora
de espancar as nuvens da revolta e utilizar o dinamismo da
resignação.
Se
algo aconteceu e é irremediável, não há porque gritar.
Se
pode ser modificado, o momento é de buscar soluções, não de se
revoltar.
Se
você não recebeu as vantagens que pediu, se perdeu provisoriamente
as suas possibilidades de promoção, se a pessoa cuja companhia mais
desejava desapareceu dos seus olhos, não se revolte.
Demonstre
sua capacidade de resignação e recuperação.
Avance
firme.
O
tempo lhe trará outras oportunidades de ser feliz.
Pense
nisso.
Provações
se apresentam.
Dificuldades
surgem.
Tudo
parece noite ao redor de seus passos.
Não
se detenha, no entanto, a fim de medir as sombras.
Prossiga
trabalhando.
Dê
tempo a Deus para que Deus lhe acenda uma nova luz.
Fonte
- Momento Espírita. Em 10.09.2012.
Resignação
na adversidades.
Em
todas as condições, em todas as idades, sob todos os climas, o
homem tem padecido, a humanidade tem derramado lágrimas.
Apesar
dos progressos sociais, milhões de seres gravitam ainda sob o jugo
da dor.
Por
vezes é a miséria provocando intensas agonias.
Em
outras, é a enfermidade arrastando os seres para os vales do
sofrimento e da angústia.
Nem
mesmo as classes mais abastadas têm sido isentas desses males.
Até
nos ambientes onde reina a abundância, um sentimento de desânimo,
uma vaga tristeza, às vezes se apodera das almas.
A
dor, sob suas múltiplas formas, é o remédio supremo para as
imperfeições, para as enfermidades da alma.
No
estágio evolutivo em que nos encontramos, sem ela não é possível
o aprimoramento.
Assim
como as moléstias orgânicas são muitas vezes resultantes dos
nossos excessos, assim também as provas morais que nos atingem são
conseqüências de nossas faltas passadas.
Cedo
ou tarde o resultado desses equívocos recairão sobre nós.
É
a lei de justiça agindo no curso de nossas existências.
Saibamos
aceitar os seus efeitos como se fossem remédios amargos, operações
dolorosas, capazes de restituir nossa saúde.
Embora
nos sintamos entristecidos pelos desgostos, devemos sempre
suportá-los com paciência.
O
lavrador rasga o seio da terra para daí fazer brotar o campo
dourado.
Assim
também é a nossa alma, depois de desbastada também se tornará
exuberante em frutos morais.
Pela
ação da dor abandonamos os vícios e as más paixões.
A
adversidade é uma grande escola, um campo fértil em transformações.
A
ignorância das leis universais é que nos faz ter aversão aos
nossos males.
Se
compreendêssemos o quanto esses males são necessários ao nosso
adiantamento, eles não nos pareceriam mais um fardo.
Em
nossa cegueira, estamos quase sempre prontos a amaldiçoar as nossas
vidas.
Mas,
quando formos capazes de discernir o verdadeiro motivo de nossas
existências, compreenderemos que todas elas são preciosas.
A
dor é capaz de abrandar o nosso coração, avivando os fogos da
nossa alma.
É
o cinzel que lhe dá proporções harmônicas, que lhe apura os
contornos e a faz resplandecer em sua perfeita beleza.
Pense
nisso!
Vivemos
em um mundo de provas e expiações.
Nele
a dor reina soberana, em virtude do mal ainda sobrepujar o bem.
Embora
conscientes dessa inegável condição, é nosso dever lutar contra a
adversidade.
Sofrer
sem reagir aos males da vida seria uma covardia.
Porém,
quando os nossos esforços se tornam supérfluos, quando tudo se
mostra inevitável, chega então o momento de apelarmos para a
resignação.
Revoltarmo-nos
contra a lei moral seria tão insensato como querermos resistir à
lei da gravidade.
O
espírito sensato encontra na provação os meios de fortificar suas
qualidades.
A
alma corajosa aceita os males do destino, mas, pelo pensamento,
eleva-se acima deles e daí faz uma escala para atingir a virtude.
Fonte
- Momento Espírita, com base no livro Depois da Morte, de Léon
Denis, parte quinta, capítulo L, FEB, 20ª edição.
A resignação é aceitar de coração as adversidades, mas, não é fácil ser uma pessoa resignada, porque envolve muitos fatores, é preciso primeiro tomar noção da situação a vendo com mais calma e clareza para gradativamente com muita paciência ir se conformando com a nova situação e assim tentar aceitá-la e a partir do momento que aceitar, aí sim se resignará com a nova situação e seguir em frente.
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