Acreditar em si mesmo

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quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

O que é, conceito e definição de resignação?



O que é Resignação?

Resignação é o mesmo que aceitação, uma condição de estar submisso ao desejo e vontade de outra pessoa ou da ação do destino.

O estado de resignação é compreendido como a ação de aceitar voluntariamente e pacificamente uma condição imposta por parte de alguém ou algo, mesmo que o indivíduo resignado não concorde com esta.

O sentimento de conformismo é uma das principais características da pessoa resignada, que não luta por alternativas para alterar a situação presente, resumindo-se apenas em concordar com ela.

No âmbito jurídico, a resignação é entendida como a desistência voluntária a um cargo.

O que é Resignado?

Resignado é um adjetivo que caracteriza o indivíduo que aceita pacificamente algo, sem se opor, queixar ou demonstrar qualquer tipo de resistência a determinada situação imposta.

A pessoa resignada é dada como conformada, pois não luta contra as adversidades que possam estar a dificultar a sua vida.

Aliás, é comum se referir a alguém como resignado quando este aparenta suportar um mal sem se revoltar, agindo de modo conformista em relação a sua situação.

Exemplo:

O rapaz se mostrou resignado com a morte do pai”.

O ato de resignar corresponde a ação de se despedir ou abdicar de determinada coisa por livre espontânea vontade, assim como a demonstração de tolerância, paciência e submissão em relação ao comando, ordem ou desejo de outrem.

Assim, a pessoa resignada age com resignação.

No âmbito jurídico e administrativo, chama-se de cargo resignado aquele que foi renunciado voluntariamente por alguém.

Resignação e Resiliência

Do ponto de vista religioso e espiritual, a resignação e a resiliência são dois conceitos distintos que aparecem relacionados entre si.

Como visto, a resignação consiste na ideia da aceitação de modo conformado.

Por outro lado, a resiliência significa a ação de mudar ou transformar algo, de acordo com a vontade do indivíduo.

No ramo da psicologia, por exemplo, a resiliência é interpretada como a capacidade da pessoa de lidar com seus próprios problemas, ultrapassando obstáculos e adversidades que possam surgir.

Muitas doutrinas espíritas e religiosas afirmam que o indivíduo deve apresentar a união da resignação e da resiliência para atingir a evolução espiritual, sendo uma responsável por suportar os momentos difíceis que todas as pessoas enfrentam na vida, e a outra o estimulo para nunca perder a fé e a esperança de um futuro melhor.

Fonte – significados.com


Resignação.

Há virtudes difíceis de serem adquiridas e cujo exercício é pouco compreendido.

A resignação é uma delas.

As criaturas levianas nem a veem como algo apreciável.

Presas em suas ilusões, consideram a resignação apenas falta de forças ou de coragem.

Entendem que o homem sempre deve reagir violentamente contra qualquer circunstância que contrarie seus interesses.

Pensam ser indigno aceitar com tranquilidade um revés.

Contudo, urge reconhecer que nem sempre é possível obter-se o que se deseja.

Muitas vezes, nossos sonhos mais caros não se concretizam.

Ou então nossa tranquilidade, tão duramente conquistada, é atingida por um infortúnio.

Há dificuldades ou contrariedades que podemos vencer mas, algumas vezes, a vida responde a nossos apelos com sombra e dor.

Nessas circunstâncias, alguns encontram em seu íntimo forças para se resignar.

Em face de situações constrangedoras, dolorosas e inalteráveis, a resignação é uma atitude que apenas os bravos conseguem adotar.

Trata-se da aquiescência da razão e do coração com um regime severo imposto pela vida.

O resignado não é um covarde, mas alguém que compreende a finalidade da existência terrena.

O homem nasce na Terra para evoluir, para vencer a si mesmo e amealhar virtudes.

Justamente por isso, as dificuldades se apresentam em seu caminho.

Algumas são contornáveis e outras não.

Às vezes, somente poderíamos sair de uma situação triste, prejudicando ou magoando o semelhante.

Como ninguém conquista a própria felicidade semeando desgraças, essa opção não é legítima.

Frente a um infortúnio inevitável, é necessário acomodar a própria vontade.

Impõe-se a consideração de que Deus rege o Universo e jamais se equivoca ou esquece de algo.

Já nascemos inúmeras vezes e renasceremos outras tantas.

A vida é uma escola, na qual passamos da ignorância e da barbárie à angelitude.

Conscientes de nosso papel de aprendizes, convém nos dedicarmos a fazer a lição do momento.

Talvez ela não seja a que desejaríamos, mas certamente é a mais adequada às nossas necessidades.

Se a vida nos reclama serenidade em face da dor, aquiesçamos.

A rebeldia de nada nos adiantará.

A criatura rebelde perante as Leis Divinas apenas torna seu aprendizado lento e doloroso.

Rapidamente ela se torna cansativa para seus familiares e amigos.

Ao fazer sentir por toda parte o peso de seu amargor, infelicita os que a amam.

Resignar-se não significa desistir da luta. Implica apenas reconhecer que a luta interiorizou-se.

Quem se resigna enobrece lentamente seu íntimo, ao desenvolver novos propósitos de vida.

Tais propósitos não se resumem a um viver róseo.

Eles envolvem a percepção e a aceitação de que temos um papel a desempenhar na construção de um mundo melhor.

Esse papel pode não coincidir com nossas fantasias.

Mas é uma bênção ser um elemento do progresso, mesmo com algum sacrifício.

Outras pessoas, mirando-se em nosso exemplo, podem encontrar forças para seguir em frente.

A resignação é uma conquista do Espírito que vence suas paixões e atinge a maturidade.

Ele consegue manter a alegria e o otimismo, mesmo em condições adversas.

Ao enfrentar com tranquila dignidade seus infortúnios, prepara-se para um amanhã venturoso.

Fonte - Momento Espírita, com base no cap. 24 do livro Leis morais da vida, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Em 10.09.2012.



Resignação consentimento do coração.

Não me conformo.

Não posso aceitar.

Deus não podia ter feito isso comigo.

Estas são frases que se podem ouvir muitas vezes.

São criaturas que travam uma guerra particular com Deus.

Acreditam-se diferentes.

Por isso mesmo, as coisas ruins não as deveriam atingir.

Nada desagradável.

Ao lado delas existem outras que dão mostras de grande resignação.

É o caso da atriz Sarah Bernhardt.

Ela foi vítima de uma queda, durante um espetáculo, no Rio de Janeiro.

Fato que viria alterar profundamente o ritmo de sua vida.

É que, no último ato da peça, a atriz deveria se atirar do alto de um parapeito.

Apesar dos seus sessenta anos, ela vinha desempenhando a tarefa com grande facilidade.

Ocorre que, do lado de fora do cenário, grossos colchões eram colocados.

Ela sempre caía em local bem macio, sem nenhum problema para sua integridade fisica.

Porém, aconteceu um imprevisto.

O contrarregra achou esquisito aqueles colchões empilhados.

Logo, na noite do espetácul, não vacilou em tirá-los.

Na hora culminante, a atriz jogou-se, certa que tudo estava bem.

Tombou violentamente sobre a dureza do assoalho.

Caiu sobre o joelho direito e não teve condições de voltar ao palco.

Embarcou para a França.

A viagem marítima durou vários dias.

Pensou ela que nada mais grave lhe aconteceria.

No entanto, nunca se recuperou.

Nove anos depois, teve amputada a perna.

As palavras dela foram:

Deus sabe o que está fazendo.

Aceitou a situação.

Com um detalhe: não poderia viver longe do palco.

Todos compreenderam.

Continuou representando, sentada numa cadeira de rodas, peças de um ato, escritas especialmente para ela.


À semelhança dela, encontramos criaturas que perderam haveres, afetos e se dispõem a prosseguir lutando.

Por detrás do véu de lágrimas, recompõem o semblante e vivem.

Pessoas que tiveram membros amputados e se readaptaram à nova realidade, com um sorriso de esperança nos lábios.

Pessoas que perderam amores e passam a dar seu amor a desconhecidos.

Crianças ou idosos, que adotam em regime total ou parcial.

Quantos de nós estamos revoltados por coisas mínimas: porque choveu e estragou nosso passeio de final de semana.

Porque se esperava aumento de salário e ele foi protelado para o mês próximo, talvez.

A festa gorou.

O amigo não telefonou.

O namoro acabou.

Hora de espancar as nuvens da revolta e utilizar o dinamismo da resignação.

Se algo aconteceu e é irremediável, não há porque gritar.

Se pode ser modificado, o momento é de buscar soluções, não de se revoltar.

Se você não recebeu as vantagens que pediu, se perdeu provisoriamente as suas possibilidades de promoção, se a pessoa cuja companhia mais desejava desapareceu dos seus olhos, não se revolte.

Demonstre sua capacidade de resignação e recuperação.

Avance firme.

O tempo lhe trará outras oportunidades de ser feliz.

Pense nisso.


Provações se apresentam.

Dificuldades surgem.

Tudo parece noite ao redor de seus passos.

Não se detenha, no entanto, a fim de medir as sombras.

Prossiga trabalhando.

Dê tempo a Deus para que Deus lhe acenda uma nova luz.

Fonte - Momento Espírita. Em 10.09.2012.


Resignação na adversidades.

O sofrimento é uma ocorrência comum em nosso mundo.

Em todas as condições, em todas as idades, sob todos os climas, o homem tem padecido, a humanidade tem derramado lágrimas.

Apesar dos progressos sociais, milhões de seres gravitam ainda sob o jugo da dor.

Por vezes é a miséria provocando intensas agonias.

Em outras, é a enfermidade arrastando os seres para os vales do sofrimento e da angústia.

Nem mesmo as classes mais abastadas têm sido isentas desses males.

Até nos ambientes onde reina a abundância, um sentimento de desânimo, uma vaga tristeza, às vezes se apodera das almas.

A dor, sob suas múltiplas formas, é o remédio supremo para as imperfeições, para as enfermidades da alma.

No estágio evolutivo em que nos encontramos, sem ela não é possível o aprimoramento.

Assim como as moléstias orgânicas são muitas vezes resultantes dos nossos excessos, assim também as provas morais que nos atingem são conseqüências de nossas faltas passadas.

Cedo ou tarde o resultado desses equívocos recairão sobre nós.

É a lei de justiça agindo no curso de nossas existências.

Saibamos aceitar os seus efeitos como se fossem remédios amargos, operações dolorosas, capazes de restituir nossa saúde.

Embora nos sintamos entristecidos pelos desgostos, devemos sempre suportá-los com paciência.

O lavrador rasga o seio da terra para daí fazer brotar o campo dourado.

Assim também é a nossa alma, depois de desbastada também se tornará exuberante em frutos morais.

Pela ação da dor abandonamos os vícios e as más paixões.

A adversidade é uma grande escola, um campo fértil em transformações.

A ignorância das leis universais é que nos faz ter aversão aos nossos males.

Se compreendêssemos o quanto esses males são necessários ao nosso adiantamento, eles não nos pareceriam mais um fardo.

Em nossa cegueira, estamos quase sempre prontos a amaldiçoar as nossas vidas.

Mas, quando formos capazes de discernir o verdadeiro motivo de nossas existências, compreenderemos que todas elas são preciosas.

A dor é capaz de abrandar o nosso coração, avivando os fogos da nossa alma.

É o cinzel que lhe dá proporções harmônicas, que lhe apura os contornos e a faz resplandecer em sua perfeita beleza.

Pense nisso!

Vivemos em um mundo de provas e expiações.

Nele a dor reina soberana, em virtude do mal ainda sobrepujar o bem.

Embora conscientes dessa inegável condição, é nosso dever lutar contra a adversidade.

Sofrer sem reagir aos males da vida seria uma covardia.

Porém, quando os nossos esforços se tornam supérfluos, quando tudo se mostra inevitável, chega então o momento de apelarmos para a resignação.

Revoltarmo-nos contra a lei moral seria tão insensato como querermos resistir à lei da gravidade.

O espírito sensato encontra na provação os meios de fortificar suas qualidades.

A alma corajosa aceita os males do destino, mas, pelo pensamento, eleva-se acima deles e daí faz uma escala para atingir a virtude.

Fonte - Momento Espírita, com base no livro Depois da Morte, de Léon Denis, parte quinta, capítulo L, FEB, 20ª edição.










Um comentário:

  1. A resignação é aceitar de coração as adversidades, mas, não é fácil ser uma pessoa resignada, porque envolve muitos fatores, é preciso primeiro tomar noção da situação a vendo com mais calma e clareza para gradativamente com muita paciência ir se conformando com a nova situação e assim tentar aceitá-la e a partir do momento que aceitar, aí sim se resignará com a nova situação e seguir em frente.

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