Acreditar em si mesmo

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segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Os obstáculos enfrentados pelo portadores de deficiência física.



Os obstáculos enfrentados pelo portadores de deficiência física

Calçadas em péssimas condições, falta de guias rebaixadas, inadequação de lojas e restaurantes, transporte deficiente, ensino profissional precário, preconceito, diversas barreiras em prédios comerciais e públicos.

Todo dia o portador de deficiência física tem que superar tais obstáculos, mesmo que a Constituição Brasileira assegure o direito de todo cidadão de “ir e vir” livremente.

Porém, na prática essa condição não é tão simples para pessoas com mobilidade reduzida, como portadores de deficiência, idosos, obesos e gestantes.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o mundo abriga perto de 650 milhões de portadores de deficiências, a maioria deles vivendo em países em desenvolvimento.

No Brasil, a estimativa é de que em torno de 14% da população possua algum tipo de comprometimento, um número bem maior do que o esperado.

Para propiciar mais qualidade de vida a esse contingente de cidadãos, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em parceria com o Comitê Brasileiro de Acessibilidade, estabeleceu a resolução NBR 9050, com parâmetros técnicos a serem respeitados na construção, instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.

Contudo, basta olhar com um pouco mais de atenção pelas ruas para identificar problemas.

Vida autônoma

No caso dos idosos, por exemplo, a perda da força muscular -um dos efeitos naturais do envelhecimento – torna-se um agravante quando o assunto é acessibilidade.

Assim, uma ação simples para a maioria das pessoas, como usar o transporte público, muitas vezes, é um desafio intransponível, principalmente, pela altura dos degraus dos coletivos.

Outra situação é a espera de idosos em pé em filas de estabelecimentos, como agências bancárias, lotéricas e alguns serviços de saúde.

Apesar de muitas instituições bancárias já disponibilizarem assentos, em muitos locais os idosos continuam aguardando em pé o atendimento.

Também, vale chamar atenção para a melhora na acessibilidade por meio de rampas e barras.

A normatização é importante para proporcionar às pessoas independentemente de idade, estatura ou limitação de mobilidade ou percepção – a utilização de maneira autônoma e segura dos ambientes urbanos.

Infelizmente, a realidade é diferente e é pensando nisso que pessoas de mais idade devem se preocupar com o fortalecimento muscular e também uma postura mais segura para enfrentar essas situações”, reconhece a fisioterapeuta Cristina Ribeiro, especializada no atendimento de idosos, lembrando que os profissionais que atuam com essa faixa etária da população devem considerar essas “barreiras” cotidianas, inclusive as existentes nas próprias residências.

Tempo respeitado

A especialista ressalta que, além do respeito às normas de acessibilidade, é preciso adotar posturas mais receptivas com esse público especial.

Por causa da perda da força muscular é natural que o idoso demore mais para atravessar a rua ou subir escadas.

Se somarmos a isso o nervosismo do trânsito, com motoristas impacientes buzinando para apressá-los, o idoso ficará nervoso, demorando ainda mais ou precipitando quedas.

Quando um idoso estiver atravessando a rua, o bom senso manda que pedestres e motoristas, tenham paciência, respeitando o tempo e a mobilidade de cada um”, defende a fisioterapeuta.

Prover a acessibilidade aos portadores de deficiência é ainda um grande desafio para arquitetos e urbanistas.

O crescimento da cidade mostra que, pelo menos quanto à acessibilidade, não se leva em consideração as necessidades de todos que dela fazem parte.

A cada dia surge uma nova ideia no uso de materiais, texturas e concepções arquitetônicas, mas na maioria das vezes, elas não permitem que qualquer pessoa as utilize com autonomia e segurança.

Para o arquiteto Ricardo Tempel Mesquita, as novas ideias e projetos que surgem devem seguir o conceito de acessibilidade para todos.

As ruas, praças, parques e edifícios devem ser projetados para atender toda a população e não somente uma parcela dela.

Neste contexto, a arquitetura desenvolve um papel importante nesse processo, pois só com a eliminação das barreiras arquitetônicas de uma cidade é que a população, indistintamente, poderá usufruir dela, participar e cooperar no seu desenvolvimento”, completa.

Arquitetura inclusiva

Segundo estatísticas do IBGE, no Brasil, existem mais de 9.300 cadeirantes e, mesmo assim, ainda é muito difícil encontrar lugares adaptados ou próprios para essas pessoas.

Tornar a residência acessível é dar possibilidade e condição de acesso, circulação, aproximação e alcance a um usuário de cadeira de rodas.

De acordo com a doutora em arquitetura inclusiva Sandra Perito, é a junção desses elementos que torna a residência um lugar seguro, confortável e apto a um cadeirante.

Outra condição muito importante é a circulação.

A idéia principal de adaptar um lugar é dar total independência ao morador deste local, dar espaço suficiente para que ele consiga se movimentar o máximo possível”, diz a especialista.

Oferecer condição de acesso é eliminar qualquer desnível que possa existir no decorrer no percurso.

Todo piso deve ter superfície regular, firme, estável, antiderrapante e que não provoque trepidações”, afirma a arquiteta Karla Cunha.

Além disso, é importante que os capachos sejam embutidos no piso e os tapetes ou forrações tenham suas bordas firmemente fixadas.

Caso contrário, simplesmente elimine esses objetos.

No caso dos usuários de cadeiras de rodas, uma das recomendações mais importante dentro de uma casa é que ele tenha uma área de giro de 360º para se mover com total liberdade e autonomia.

Assim, conforme a arquiteta, não é necessário um lugar imenso para que o cadeirante tenha liberdade e sim, que o espaço, seja bem projetado com todas as devidas recomendações.

Fonte: IMG

Cuidados em casa

A altura indicada para colocar objetos que permaneçam ao alcance das mãos

As tomadas devem estar instaladas entre 60 a 75 cm do chão

Desníveis são resolvidos com rampas

Os pisos antiderrapantes são os mais indicados

Tapetes não podem ser muito elevados para permitir o rolamento da cadeira

Manter um banquinho no banheiro ajuda na hora de ensaboar-se

Todas as portas da casa devem ter no mínimo 80 cm de largura

Espelhos devem ser fixados com a inclinação de 10 graus

Barras para apoio e transferência devem ser instaladas nos banheiros

A altura da mesa de jantar entre 75 cm e 90 cm do chão

A altura ideal para cama é a mesma da cadeira de rodas




Profissional com deficiência enfrenta dificuldades no trabalho, diz pesquisa

Os principais problemas são falta de oportunidade e salários baixos.

57% disseram já ter sido vítimas de bullying no ambiente de trabalho.

Do G1, em São Paulo

Os profissionais com deficiência ainda enfrentam algum tipo de dificuldade no mercado de trabalho, mostrou pesquisa da Vagas.com e da Talento Incluir.

Segundo o levantamento, 62% dos trabalhadores com deficiência disseram que já tiveram problemas.

Desse percentual, a maioria reclamou de falta de oportunidade (66%).

Em seguida estão: baixos salários (40%), ausência de plano de carreira (38%) e falta de acessibilidade (16%).

"Os três principais aspectos levantados mostram que as pessoas com deficiência almejam melhores condições de desenvolvimento profissional no mercado de trabalho, ficando à frente da questão de falta de acessibilidade", avalia Rafael Urbano, coordenador da pesquisa na Vagas.com.

Quatro em cada dez pessoas com deficiência já sofreram algum tipo de discriminação no ambiente de trabalho.

Desse total que admitiu ter sido discriminado, 57% disseram que foram vítimas de bullying.

Outros 12% relataram encontrar dificuldades para serem promovidos, enquanto 9% contaram que já passaram por isolamento e rejeição do grupo.

"É um tipo de situação que ainda faz parte da realidade de muitas pessoas com deficiência.

Apesar da Lei de Cotas completar 25 anos, tem muita gente que não sabe respeitar o profissional com deficiência.

E isto está refletido em nossa pesquisa, infelizmente", explica Urbano.

A pesquisa teve 4.319 respondentes, sendo a maioria homens (62%), solteiros (51%), sem filhos (56%) e empregados (52%).

Do total de participantes, 58% afirmaram possuir deficiência física, 26% auditiva, 19% visual, 7% intelectual e 9% pessoas reabilitadas pelo INSS.

RH distante.

Para 58% dos respondentes, a área de recursos humanos não está preparada para contratar pessoas com deficiência.

Questionados se a área de recursos humanos apoiou o profissional com deficiência em necessidades ligadas à deficiência, para 22%, houve apoio, 28% citaram que não houve apoio e 50% não precisaram de ajuda.

Daqueles que tiveram apoio, 14% disseram ter ajuda com adaptação do mobiliário/ equipamento e outros 14% tiveram atendimento como ajuda e a acessibilidade foi o apoio prestado a 12%.

Gestores

96% dos profissionais com deficiência acham importante que os gestores sejam treinados para trabalhar com as diferenças.

"Essa resposta é muito relevante, é com o gestor que a pessoa convive mais tempo, e é do gestor a responsabilidade de desenvolver o profissional com deficiência, as cobranças e a orientação de carreira, para que ele trilhe oportunidades dentro da organização.

Por outro lado, muitos gestores têm dúvidas em relação à gestão de profissionais com deficiência, por não terem familiaridade com o tema.

Levar informação e desenvolver esse líder para gerir pessoas com deficiência é necessário para o resultado do negócio", afirma Tabata Contri, coordenadora da pesquisa pela Talento Incluir.

Maioria está há mais de 10 anos no mercado

Da base de consultados na pesquisa, 52% afirmaram estar empregados.

De todos os respondentes, 53% disseram que estão há mais de 10 anos no mercado de trabalho e 60% informaram que já foram promovidos.

Ainda de acordo com a pesquisa, os profissionais com deficiência (PcDs) trabalharam, em média, em cinco empresas.

E a maior parte (84%), nunca esteve afastada do trabalho por motivos relacionados à deficiência.

"Isso mostra que esse profissional é comprometido e disposto a encarar desafios e adversidades em sua jornada de trabalho", conta Urbano.

Do outro lado, os desempregados relataram que estão há menos de um ano fora do mercado (61%).

Entre os motivos destacados para ficarem longe do trabalho estão: não me identifiquei com a empresa/ função (17%), salário (13%), ausência de plano de carreira (13%), problemas de saúde (9%), entre outros.

Também foi questionado aos profissionais com deficiência o que precisa ser melhorado em sua inserção no mercado.

Para cerca de um terço (34%), as empresas precisam dar mais oportunidades para pessoas com deficiência, para 21% é necessário melhorar a qualificação dos próprios profissionais com deficiência para competirem igualmente com outros profissionais, e para 15% é necessário ter uma aplicação mais efetiva da Lei de Cotas.

Fonte – g1.globo.com


Tarefas.

As grandes almas, às vezes, renascem para desempenhar na Terra missões gloriosas.

Seus feitos encantam e servem de inspiração para todos.

Semeiam a paz e amparam os desgraçados, em larga escala.

Contudo, por imperfeito que ainda se apresente, todo homem tem uma função pessoal e intransferível nas engrenagens do mundo.

Assim, não se afirme à margem da vida e nem se considere inútil.

Também evite alegar impedimento para desertar da atividade que a vida lhe reservou.

Antes de protestar sua pouca importância, repare nas lições que vertem, silenciosas, do livro da natureza.

Imagine se os vermes parassem de trabalhar, por se reconhecerem insignificantes.

O solo ficaria ressecado e perderia a fecundidade, tornando-se incapaz de solucionar os problemas humanos.

Cogite se as sementes invejassem a posição das árvores maduras e generosas que lhes presidem a espécie.

Caso elas desistissem de seu esforço obscuro na germinação e no crescimento, em pouco tempo a esterilidade anularia os recursos da terra.

Suponha que as papoulas deixassem de produzir em atitude de revolta contra aqueles que lhes deturpam a essência nos mercados do ópio.

Deixaria de haver alívio para as dores de incontáveis enfermos desesperados.

Pense se as fontes singelas fugissem de sustentar os grandes rios e as formidáveis represas, a pretexto de serem humildes em excesso.

Haveria prejuízo geral, com falta de preciosa energia com que a Humanidade conta.

Com a mente nessas lúdicas imagens, reflita seriamente sobre a sua posição no mundo.

Honre o posto de ação em que foi localizado, por singelo que ele lhe pareça.

Diante da lei Divina, não há ocupação útil aviltante.

As mãos que assinam decretos não vivem sem aquelas outras que preparam a mesa.

Os braços que conduzem arados são apoios dos que movem máquinas poderosas.

O suor na indústria verte para sustento e conforto de todos.

O asseio na rua é proteção à comunidade.

Por gloriosa que pareça a posição de determinado homem, ele necessita do apoio de incontáveis outros, mais humildes.

O bem é sempre resultado do esforço geral.

O relevante é saber se tornar útil, com os recursos que se possui.

Não compensa invejar as facilidades alheias e com isso tombar na ociosidade.

Por pequenos que pareçam seus talentos, movimente-os no bem.

Se suas tarefas se afiguram singelas, honre-as ainda assim.

Não se ocupe em colecionar rótulos passageiros, sem utilização proveitosa e digna.

Também não se atrapalhe ao assumir muitos compromissos ao mesmo tempo.

Importa, acima de tudo, fazer bem o que se deve fazer.

Pense nisso.

Fonte - Momento Espírita, com base no cap. LXXVIII  do livro Justiça Divina, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB. Em 9.7.2015.












Um comentário:

  1. Os deficientes ainda encontram muitos obstáculos em suas vidas e no dia a dia é no transporte, nas ruas com calçadas esburacadas e sem rampas de acesso, no comércio, nas escolas, nas areas de lazer, nos hospitais, clinicas, laboratórios e outros setores. No mercado de trabalho sofrem inúmeras dificuldades para conseguirem uma vaga de emprego ou outras oportunidades. Infelizmente em nosso pais não existe projetos arquitetônicos e nem infraestrutura de mobilidade urbana para os deficientes, que sofrem com a falta de acessibilidade; além da falta de inclusão deste na sociedade. Sendo que estes tem o mesmo direito que qualquer um membro desta sociedade; querendo ou não as diferenças estão aí; é preciso que se aprenda a conviver com elas.

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